> >
Fux atende Toffoli e marca para dia 8 julgamento do Código Eleitoral no STF

Fux atende Toffoli e marca para dia 8 julgamento do Código Eleitoral no STF

O Ministro também determinou a intimação com urgência do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República para se manifestarem sobre o pedido

Publicado em 3 de setembro de 2021 às 17:12

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Presidente do STF, ministro Luiz Fux
Presidente do STF, ministro Luiz Fux. (Fellipe Sampaio/STF)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal se manifestando contra o mandado de segurança em que quatro deputados e dois senadores tentam barrar a tramitação do Código Eleitoral na Casa Legislativa. O parlamentar argumentou que a questão era "evidentemente interna corporis" - ou seja, que deveria ser resolvida internamente -, apontando ainda que o Plenário entendeu que o projeto já estava maduro o suficiente para votação.

Em despacho dado nesta sexta-feira (03), o ministro Dias Toffoli, relator do caso no STF, pediu ao presidente da corte, Luiz Fux, que convoque sessão plenária virtual extraordinária para julgar o processo, sugerindo que a análise do caso se de em sessão com início e término no mesmo dia, a próxima quarta-feira (08). O pedido foi aceito por Fux.

No mandado de segurança impetrado no STF, os deputados Adriana Ventura (Novo-SP), Tiago Mitraud (Novo-MG), Vinícius Poit (Novo-SP), Felipe Rigoni (sem partido-ES) e os senadores Alvaro Dias (Podemos-PR) e Styvenson Valentin (Podemos-RN) questionam um requerimento de urgência ao texto aprovado pela Casa nesta terça-feira, 31, o que dá prioridade à matéria e pode colocá-la em votação a qualquer momento.

Os parlamentares querem anular essa votação e exigir a criação de uma comissão especial para debater a proposta, que prevê uma quarentena de cinco anos para que militares, policiais, juízes e promotores possam concorrer às eleições. O argumento é o de que, por se tratar de um código, ou seja, uma legislação complexa, o regimento da Casa não permite a urgência e obriga que o texto passe pelo crivo de uma comissão especial, seguindo um rito mais tradicional.

No ofício enviado a Toffoli, Lira argumentou que o projeto em tramitação na Câmara não seria um projeto de código, mas uma "reunião de dispositivos legais sobre direito eleitoral e partidário". Com base em tal argumento, o presidente da Casa legislativa sustenta que não havia impedimento para que o requerimento de urgência fosse admitido pela mesa diretora e deliberado junto ao Plenário.

Procuradores e promotores já questionaram a proposta de Novo Código Eleitoral, apontando 18 retrocessos que a proposta implica no âmbito do combate à corrupção nas eleições brasileiras. De acordo com a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, alguns dispositivos do projeto relatado pela deputada Margarete Coelho (PP-PI) "abrem espaço para práticas que já estavam abolidas do processo eleitoral e colocam em risco a democracia brasileira", entre elas a possibilidade de candidatos "ficha-suja" serem eleitos.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais