Publicado em 9 de abril de 2020 às 16:04
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou nesta quinta-feira (9) duas ações para ajudar no combate à pandemia do novo coronavírus e diminuir o contágio entre as populações mais vulneráveis e expostos à contaminação. Uma delas é a Covid-19: Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais junto a Populações Vulneráveis. >
O objetivo é financiar, em todo o país, projetos que contribuam na prevenção do contágio nesses grupos sociais e também que garantam condições mínimas de sobrevivência para as famílias que sofrem impactos econômicos por causa das medidas de isolamento social em vigor em diversas cidades.>
A chamada dividiu as propostas em três faixas, de acordo com o orçamento do projeto. A primeira para até R $10.000, a segunda até R$ 25.000 e a última faixa aceita propostas que custem até R$ 50.000. O orçamento total da Fiocruz para a chamada pública é de R$ 600 mil, proveniente de doadores para a instituição investir em ações emergenciais de enfrentamento à pandemia de covid-19.>
Os projetos devem ser vinculados pelo menos uma destas cinco áreas de interesse determinadas pela Fiocruz: Segurança Alimentar; Comunicação; Saúde mental; Assistência específica a grupos de risco; e Ações que facilitem o cumprimento das medidas de afastamento social e higiene pessoal e coletiva.>
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Podem participar da chamada organizações da sociedade civil sem fins lucrativos com histórico comprovado de atuação junto a populações vulneráveis. No caso de coletivos sem personalidade jurídica atuantes em territórios socialmente vulneráveis, os projetos devem ser apresentados por instituição parceira legalmente constituída.>
Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a epidemia não chega da mesma forma para todos os territórios, devido ao tamanho e às desigualdades existentes no país. Com isso, as estratégias de contenção precisam ser diferentes, olhando para as realidades sociais de cada território do Brasil.>
A chamada pública vai destinar os recursos recebidos por doações para organizar uma resposta emergencial para populações mais vulneráveis. Com isto, a Fiocruz espera cumprir o papel que vem desempenhando há 120 anos de promover saúde pública para toda população.>
O regulamento e a ficha de inscrição podem ser acessadas no Portal Fiocruz. O envio de propostas vai até o dia 17 de abril e o resultado será divulgado no dia 1º de maio.>
A outra iniciativa da Fiocruz é a campanha multimídia Se Liga no Corona!, de prevenção à covid-19 nas favelas. A iniciativa é fruto de uma parceria com a organização Redes da Maré, associações e conselhos de Manguinhos, onde se localiza o campus da instituição, e o coletivo Favelas Contra o Coronavírus.>
Serão difundidas informações sobre o novo coronavírus com embasamento científico e adaptadas ao contexto das periferias. A campanha vai usar formatos como radionovelas, spots para carros de som, cartazes, peças gráficas e vídeos para mídias sociais. De acordo com Nísia, a iniciativa é importante para atingir um público para o qual as campanhas educativas ainda não tinham sido direcionadas.>
Até o momento, as orientações de prevenção têm se dirigido ao público de classe média: medidas de isolamento em quartos individuais, evitar aglomerações, álcool em gel e outros exemplos. Mas nós sabemos que não é essa realidade da maioria da população. A campanha surge como um dos esforços da instituição, conjugado aos de nossos parceiros nas comunidades, para enfrentarmos juntos esse desafio.>
Entre os conteúdos disponibilizados há orientações sobre os protocolos de higiene para entrega de cestas básicas e distância entre as pessoas em locais públicos; vídeos de pergunta e resposta com especialistas; tema para foto e capa de perfil no Facebook; peças adaptadas para stories e feed do Instagram, entre outros.>
Todo o conteúdo produzido pela campanha está disponível para download no Portal Fiocruz. O uso é livre para distribuição pelos coletivos, organizações e indivíduos. Nas comunidades da Maré e de Manguinhos, os conteúdo serão veiculados em rádios comunitárias e afixados em estabelecimentos comerciais, pontos de ônibus e moto-táxi, nas associações de moradores e em outras áreas de grande circulação de pessoas.>
A campanha inclui também um selo de validação de materiais de comunicação produzidos por organizações comunitárias parceiras. O conteúdo será revisado por especialistas da Fiocruz e, se for procedente, recebe uma chancela científica com o selo Fiocruz Tá Junto.>
Com informações da Agência Brasil>
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