> >
Fiocruz abre procedimento sobre prisão de pesquisador em desvio da Saúde

Fiocruz abre procedimento sobre prisão de pesquisador em desvio da Saúde

O pesquisador foi preso em uma ação da Operação Dardanários, um desdobramento da Lava Jato no Rio, que investiga desvios de recursos na área da saúde

Publicado em 6 de agosto de 2020 às 19:06

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Universidade Federal Fluminense (UFF) constatou que mulheres e crianças que já foram infectadas pelo vírus Zika podem desenvolver imunidade à doença
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) colabora com pesquisas contra o coronavírus. (Sumaia Villela/Agência Brasil)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias que teriam levado à prisão do médico e pesquisador da instituição Guilherme Franco Netto na manhã desta quinta-feira, em Petrópolis, na região serrana do Rio.

O pesquisador foi preso em uma ação da Operação Dardanários, um desdobramento da Lava Jato no Rio, que investiga desvios de recursos na área da saúde. O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, foi preso na mesma operação. Netto é acusado de ser o contato na Fiocruz de um esquema de direcionamento de contratos.

A prisão do pesquisador causou surpresa na Fiocruz, já que Netto é um quadro muito respeitado da instituição, responsável por pesquisas importantes sobre o impacto das manchas de óleo no litoral do Nordeste no ano passado e sobre o rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho. Ele assina diversos textos sobre saúde coletiva em parceria com a atual presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e é considerado referência em temas de saúde e meio ambiente.

"A Fiocruz foi surpreendida na manhã desta quinta-feira (6/08) com a informação veiculada pela imprensa sobre a prisão do pesquisador Guilherme Franco Netto", informou a instituição em nota. "A Fiocruz é rigorosa em seus mecanismos de controle e transparência inerentes ao sistema de integridade pública."

A nota lembra ainda que Netto é concursado e é um especialista de referência nas áreas de saúde e meio ambiente.

"Diante das circunstâncias e como procedimento regulamentar, a instituição instaurou procedimento apuratório interno", anunciou a nota. "A Fiocruz defende o princípio constitucional de presunção de inocência, tem convicção de que os fatos serão devidamente esclarecidos e está dando todo apoio necessário ao seu servidor, em contato direto com a família."

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais