Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 16:14
O Facebook e o Instagram irão remover conteúdos de apoio ou exaltação às ações que ocorreram neste domingo (8) em Brasília, segundo porta-voz da Meta, detentora de ambas as plataformas.>
Na data, prédios dos Três Poderes da República na Esplanada dos Ministérios foram invadidos e depredados.>
O YouTube seguirá aplicando suas regras de moderação de conteúdo, o que significa que haverá uma análise caso a caso para identificar se os vídeos e transmissões ao vivo ferem políticas da plataformas, como as relacionadas a incitação a violência e de integridade eleitoral.>
A análise feita pelas plataformas do que será ou não removido pode eventualmente impactar na preservação de imagens para apuração dos envolvidos na ações golpistas.>
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No caso da invasão ao Congresso dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021, as imagens produzidas por radicais e divulgadas nas redes se mostraram elementos essenciais para o avanço da apuração dos crimes, naquela que é considerada a maior investigação da história do FBI.>
Como a análise das empresas do que fere ou não suas políticas é feita individualmente, não se sabe, a partir das regras, se vídeos que podem ajudar nas investigações serão preservados.>
O jornal Folha de S.Paulo apurou no caso da Meta que a empresa, em paralelo às remoções, segue colaborando com as autoridades brasileiras.>
O YouTube possui uma exceção para remoção chamada EDSA, prevendo que mesmo vídeos que a princípio violem as regras da plataforma podem ser mantidos, caso correspondam a ressalvas que incluem vídeos de caráter educativo, documental, cientifico ou artístico.>
Segundo o porta-voz da Meta, a empresa já tinha classificado o Brasil como um local temporário de alto risco, antes da eleições, e passado a remover conteúdos com incentivo para que pessoas pegassem em armas, ou invadissem prédios públicos como o Congresso ou o Palácio do Planalto.>
"No domingo, também designamos este ato como um evento violador, o que significa que removeremos conteúdos que apoiam ou exaltam essas ações. Estamos acompanhando a situação ativamente e continuaremos removendo conteúdos que violam nossas políticas", consta em comunicado de porta-voz da empresa.>
"Antes mesmo das eleições, designamos o Brasil como um local temporário de alto risco e passamos a remover conteúdos que incentivam as pessoas a pegar em armas ou a invadir o Congresso, o Palácio do Planalto e outros prédios públicos.">
Em novembro, na semana seguinte ao segundo turno, as plataformas da Meta tinham começado a remover postagens com pedidos de intervenção militar no Brasil.>
O YouTube afirmou que conteúdos que violam suas regras, incluindo transmissões ao vivo, estão sendo removidos.>
"Estamos monitorando a situação na capital brasileira envolvendo os espaços públicos das instituições na Praça dos Três Poderes. Nossos times estão removendo conteúdo que viola nossas políticas, incluindo transmissões ao vivo e vídeos que incitam violência", afirmou a empresa em nota.>
"Além disso, nossos sistemas estão exibindo com destaque conteúdo de fontes confiáveis na nossa página principal, no topo dos resultados de busca, e nas recomendações. Permaneceremos vigilantes conforme a situação continue a se desenrolar.">
Após o resultado do segundo turno, a plataforma tinha atualizado suas políticas e passou a proibir conteúdo que alega que a eleição presidencial de 2022 no Brasil foi roubada ou fraudada -antes, a regra valia apenas para as eleições de 2014 e 2018.>
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