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Erra quem pensa que a responsabilidade do impeachment é só minha, afirma Lira

Erra quem pensa que a responsabilidade do impeachment é só minha, afirma Lira

Presidente da Câmara foi questionado sobre se rejeitaria os mais de 120 pedidos de impeachment já apresentados contra Jair Bolsonaro

Publicado em 13 de julho de 2021 às 18:41

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Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a afirmar que o impeachment é uma decisão política e negou ser só sua a responsabilidade por abrir um processo para afastar o presidente da República.

Lira deu as declarações ao chegar à Câmara dos Deputados nesta terça-feira (13). Ele foi questionado sobre se rejeitaria os mais de 120 pedidos de impeachment já apresentados contra Jair Bolsonaro (sem partido).

"Essa é uma decisão política. Você neste momento tem que trabalhar mais para pôr água na fervura do que para botar querosene", afirmou.

"E esse assunto, já estou cansado de dizer e repetir. Eu não posso fazer esse impeachment sozinho, erra quem pensa que a responsabilidade é só minha. Ela é uma somatória de características que não se configuram."

Lira disse ainda estar trabalhando para manter o Brasil estável e para votar reformas estruturantes. "Nós temos que nos acostumar a ter um processo democrático. Nós defendemos eleições em 2022", ressaltou.

O presidente da Câmara voltou a citar a possibilidade de votar o semipresidencialismo já para valer em 2026, "como uma forma de você estabilizar mais o processo político dentro do Congresso Nacional".

O deputado foi questionado também sobre o voto impresso e disse que a análise será feita pelos membros da comissão especial que aprecia o mérito da PEC (proposta de emenda à Constituição) que trata do tema. A relatoria está a cargo do deputado Filipe Barros (PSL-PR).

"Eu venho colocando de uma maneira bem prática. A Câmara já votou uma PEC dessa em 2015. Não teria necessidade de a Câmara passar por isso de novo. A PEC está no Senado desde 2015, uma que prevê esse voto auditável e impresso", afirmou. "Então, se não houver condição de o Senado votar lá a PEC que está desde 2015, não sei que diferença faria."

As declarações ocorrem em meio a ameaças de Bolsonaro envolvendo a realização das eleições de 2022. Ele afirma que o pleito pode não ocorrer caso não exista um sistema eleitoral confiável --segundo ele, o voto impresso.

"Eleições no ano que vem serão limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições", disse o presidente na última quinta-feira (8), em frente ao Palácio da Alvorada.

A principal estratégia do presidente é questionar a segurança das urnas eletrônicas, sistema usado desde 1996 e considerado eficiente e confiável por autoridades e especialistas no país.

O próprio Bolsonaro foi eleito para o Legislativo usando o sistema em diferentes ocasiões, assim como venceu o pleito para o Palácio do Planalto em 2018 da mesma forma.

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