Publicado em 13 de março de 2021 às 09:09
- Atualizado há 5 anos
O Ministério da Saúde espera fechar contratos com a Pfizer e Janssen no início da próxima semana, informou nesta sexta-feira (12) o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco.>
Segundo Franco, os contratos dependem agora de análise final do setor jurídico das duas empresas.>
"Toda a tramitação do Ministério da Saúde já ocorreu, inclusive a parte de seguro, e agora os seus departamentos jurídicos estão finalizando a análise para que possamos assinar, o que deve ocorrer no início da próxima semana", disse.>
Ele afirma que a pasta esperava fechar o contrato ainda nesta sexta (12), mas há pontos que estão sendo verificados pelos laboratórios.>
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Ao todo, a pasta negocia a aquisição de 100 milhões de doses da Pfizer, e 38 milhões da Janssen -esta última, no entanto, é de dose única, enquanto a da Pfizer requer duas doses.>
Em apresentação, Franco disse inicialmente que a pasta tinha, no total, 424,5 milhões de doses "contratadas". Mais tarde, ao ser questionado, admitiu que parte desse montante ainda consta apenas como intenção de compra -caso de 30 milhões de doses extras do Butantan e 110 milhões da Fiocruz, previstas para o segundo semestre.>
Além das negociações com Pfizer e Janssen, o ministério negocia ainda obter mais 30 milhões de doses da Moderna. Também enviou ofício para tentar obter 30 milhões de doses da chinesa Sinopharm.>
A corrida para obter as doses ocorre em meio ao agravamento da epidemia da Covid e a críticas de especialistas, que apontam ritmo lento da campanha de vacinação contra a doença.>
Mais cedo, a pasta anunciou ter fechado contrato para obter 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik. As doses serão importadas pela empresa União Química, que tem uma parceria com o Fundo de Investimento Direto da Rússia.>
Segundo Franco, além desse volume, a previsão é que negociações que estavam sendo feitas por governadores do Nordeste para obter 39 milhões de doses da vacina sejam transferidas ao ministério.>
"Esses memorandos, não só do fundo soberano russo, mas de outras vacinas estão migrando naturalmente ao ministério, e estamos partindo para negociações para podermos disponibilizar a maior quantidade possível de vacinas", disse.>
A medida representa uma reação da pasta em meio a anúncios de estados e municípios de possíveis acordos para compra de vacinas.>
Segundo Franco, a pasta ainda deve avaliar com conselhos de secretários de saúde possíveis medidas a serem adotadas caso seja confirmada a compra de doses por prefeituras.>
Ele citou entre as opções a possibilidade de "abater" doses do envio planejado a alguns locais. "A lei 14.124 possibilita e autoriza a compra por estados e municípios, e como a gestão do SUS ocorre de forma tripartite, vamos discutir uma forma de continuar a oferecer equidade, sem tratar com discriminação nenhum cidadão ou grupo. O ideal é que atinja os grupos prioritários simultaneamente em todo o país", disse.>
"Ao confirmar a aquisição por municípios, temos que confirmar se a gestão dessas doses fica no Ministério da Saúde, disponibilizada para todo cidadão brasileiro, seguindo a sequência dos grupos prioritários, ou se caso disponha de mais doses, seja abatido da quantidade de doses que seria destinado a aquele município ou estado. Isso está sendo estudado e o que desejamos é continuar tratando com equidade toda a população", completa.>
Franco disse ainda que a pasta avalia estudos para verificar a possibilidade de incluir a oferta no SUS do remdesivir, primeiro medicamento com indicação em bula contra a Covid aprovado pela Anvisa.>
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