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Contato com governo é 'institucional', dizem empresários que produzem cloroquina

Contato com governo é "institucional", dizem empresários que produzem cloroquina

Segundo a empresa EMS, os encontros com Bolsonaro foram promovidos para discutir "questões econômicas e o novo cenário brasileiro diante da pandemia de coronavírus"

Publicado em 11 de julho de 2020 às 17:28

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OMS retirou em definitivo a cloroquina dos testes para tratamento de Covid-19
OMS retirou em definitivo a cloroquina dos testes para tratamento de Covid-19. (jcomp/ Freepik)

Carlos Sanchez, da EMS, disse por meio de sua assessoria, que a empresa tem mais de 55 anos de história, "já passou por muitos governos e busca sempre estabelecer diálogo com todos eles". "A empresa é a favor do Brasil, independentemente de partidos políticos. Como a maioria dos brasileiros, quer um país mais próspero e mais justo, com oportunidades para todos. A empresa tem feito a sua parte, gerando empregos, investindo em pesquisa e em aumento de capacidade fabril, ampliando o acesso a medicamentos e promovendo saúde à população", disse a EMS.

Segundo a empresa, os encontros com o presidente Jair Bolsonaro foram promovidos pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), para discutir "questões econômicas e o novo cenário brasileiro diante da pandemia de coronavírus".

A Apsen disse não apoiar ou financiar partido político e que o presidente da empresa, Renato Spallicci, não mantém relações pessoais com Bolsonaro. "A atuação da Apsen se dá no âmbito do governo federal, com o Ministério da Saúde, Ministério das Relações Exteriores e Anvisa. Esse contato atende todas as regras do setor e o cumprimento das leis do país", diz nota enviada pela empresa.

Já a francesa Sanofi disse que tem como prioridade a segurança e o atendimento aos pacientes atualmente tratados sob as indicações aprovadas de "nosso medicamento Plaquinol (hidroxicloroquina): doenças reumatológicas e dermatológicas crônicas, além de malária e lúpus". "Continuamos totalmente comprometidos em garantir o fornecimento de hidroxicloroquina para essas indicações, com base em nossa demanda histórica", disse a empresa, que não cita o uso da substância para combater o coronavírus. A empresa confirmou ao Estadão que Trump é acionista, mas não informa qual o porcentual que ele tem da empresa.

A assessoria do laboratório Cristália informou que o dono da empresa, Ogari Pacheco, está hospitalizado e que não poderia responder aos questionamentos da reportagem.

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