Publicado em 29 de junho de 2023 às 15:00
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 29, ao desembarcar no Rio de Janeiro, que não descarta apoiar uma eventual candidatura de Michelle Bolsonaro. O ex-chefe do Executivo disse ainda que será um bom cabo eleitoral, caso seja considerado inelegível.>
"Lógico que sim apoia uma candidatura de Michelle. Se eu estiver fora do jogo político, serei um bom cabo eleitoral. Tem vários bons nomes por aí, mas acredito até o último segundo na isenção e em um julgamento justo e sem revanchismo por parte do TSE", disse Bolsonaro.>
A possibilidade de inelegibilidade de Bolsonaro até 2030 abre a disputa na direita pelo espólio do ex-presidente. Nomes como dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, despontam como fortes candidatos a ocupar o vácuo que poderá ser deixado pelo ex-chefe do Executivo. >
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho "01"; a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o general da reserva Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa derrotada nas eleições passadas, também são cogitados para substituir o ex-presidente no grupo bolsonarista em 2026.>
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Bolsonaro citou a iniciativa de deputados bolsonaristas de tentar anistiá-lo, em caso de condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-presidente afirmou que o projeto de lei deve ser apresentado até a semana que vem: "Anistia é prevista em regimes democráticos." >
Já antecipando o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode deixar o ex-presidente inelegível por oito anos, aliados querem tentar anistiá-lo. O deputado Sanderson (PL-RS) irá apresentar um projeto de lei para todos os políticos que cometeram crimes eleitorais em 2022.>
Neste cenário, todos os políticos que cometeram tais delitos, com exceção daqueles que não podem ser anistiados — terrorismo, tortura, racismo e crimes hediondos — teriam a punição anulada.>
O ex-presidente voltou a defender os manifestantes que acamparam em frente à quartéis pelo País. Segundo Bolsonaro, "não houve lideranças nos acampamentos" e que os apoiadores "estavam lá nos quartéis de forma ordeira e permitidos pelas Forças Armadas". >
"Eram pessoas idosas com a Bíblia embaixo do braço e a bandeira do Brasil nas costas no 8 de janeiro. Alguns cometeram invasão, depredação, mas jamais golpe", disse. >
Bolsonaro voltou a defender as suas declarações contra o sistema eletrônico de votação. "O próprio José Dirceu já disse que o TSE não dava garantia sobre o voto eletrônico. Falar em vacina, em voto, urna e sobre o PL da Censura passou a ser crime", disse.>
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