Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 17:54
O presidente Jair Bolsonaro afirmou há pouco que as mudanças nos comandos de ministérios visam fortalecer relação do governo com o Parlamento. Segundo ele, o ex-ministro da Cidadania, deputado Osmar Terra (MDB-RS), retorna ao Congresso para fortalecer as relações do governo com o parlamento. "(Presidente do Senado) Davi Alcolumbre, precisamos fortalecer o nosso relacionamento e Osmar Terra nos ajudará muito nessa missão. Ele sai do ministério vitorioso", afirmou Bolsonaro. >
Bolsonaro elogiou o novo ministro da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto, segundo ele, "mais que um bom militar, um bom cidadão". Também agradeceu a disposição do ex-ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em trocar "o número da camisa" para assumir o Ministério d Cidadania. >
"A vida se faz de momentos, e esse vai marcar a vida de muitos. Essa mudança (de ministérios) marcará o destino do Brasil. Nossa responsabilidade é enorme. Se hoje mexemos no tabuleiro de xadrez, é com a certeza de que nenhuma peça será deixada de lado", afirmou. "É difícil tomar uma decisão, mas pior que não tomar uma decisão é uma decisão má tomada", completou. >
Durante o discurso de posse dos ministros, Bolsonaro voltou a defender o projeto regularização de garimpo e outras atividades em terras indígenas. Segundo ele, a proposta poderá finalmente "unificar a Amazônia", mandando assim uma mensagem ao exterior. >
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"Nós não queremos e eles (índios) não querem mais ser tutelados pelo Estado. Muitos vivem hoje de projetos sociais e querem se integrar. Essa é uma forma de dizermos para o mundo que não há divisões entre nós, que somos todos iguais. Somente incluindo e integrando a Amazônia poderemos dizer que o Brasil é um país de 8 milhões de quilômetros quadrados. Devemos apresentar propostas que nos coloquem em lugar de destaque no mundo", completou.>
Empossado como ministro da Cidadania em cerimônia no Palácio do Planalto, após perder o comando da Casa Civil, Onyx Lorenzoni manteve em discurso realizado nesta terça-feira (18) a posição de que continuará servindo o presidente Jair Bolsonaro. >
"Me perguntaram: o senhor está perdendo poder? Aqui ninguém tem fome de poder, temos fome de servir, e é com esse princípio que vamos continuar a nossa tarefa", disse Onyx, que enfrentou um esvaziamento de funções na Casa Civil antes de perder a pasta. O ministro também afirmou que seu sucessor, ministro Braga Netto, vai conduzir "todo o centro do governo". "Casa Civil está em excelentes mãos, me apresento como soldado". >
"Todos nós do time do governo Bolsonaro ouvimos do presidente que estamos para servir. Aqueles que não queriam as mudanças erraram previsões no passado e erram no presente. Graças a Deus que o presidente é um homem livre e independente para transformar o Brasil", afirmou o ministro.>
Onyx não se aprofundou nas ações que terá de comandar a frente do Ministério da Cidadania, mas ressaltou algumas das medidas concretizadas no primeiro ano de governo, como a aprovação da reforma da Previdência e da Lei de Liberdade Econômica.>
Apesar dos problemas enfrentados no programa social, o ministro também ressaltou mudanças no Bolsa Família, como a introdução do 13º salário. "Esse é o governo do 13º do Bolsa Família", disse. Reportagem do Estado publicada nesta terça-feira (18) revelou que a fila de brasileiros que espera pelo Bolsa Família já chega a 3,5 milhões de pessoas, o que representa 1,5 milhão de famílias de baixa renda. >
No discurso, Onyx ainda afirmou que o governo está estruturando o maior plano de regularização fundiária do mundo. "Pessoas esperavam isso há 30 anos", disse.>
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