Publicado em 30 de abril de 2020 às 11:01
O presidente Jair Bolsonaro acusou nesta quinta-feira (30) governadores e prefeitos de não "achatarem a curva" de contágio do novo coronavírus. O presidente também questionou a veracidade dos números sobre as mortes doença.>
"O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as medidas para evitar, ou melhor, para fazer com que a curva fosse achatada, caberia aos governadores e prefeitos. Não achataram a curva", disse. >
"Governadores e prefeitos que tomaram medidas bastante rígidas não achataram a curva, a curva tá aí. Partindo do princípio que o número de óbitos é verdadeiro", afirmou. Bolsonaro citou a imprensa quer "colocar no seu colo a responsabilidade por mortes" pela Covid-19.>
Ele questionou, em especial, os óbitos em São Paulo, Estado mais afetado pela doença. "Cada vez mais chegam informações, que o próprio Diário Oficial lá do Estado de São Paulo que na dúvida sobre a causa da morte bota coronavírus para inflar o número para fazer uso político disso", declarou.>
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Em mais uma crítica pública, Bolsonaro acusou o governador João Doria (PSDB) de usar a pandemia de forma política. "É o governador gravatinha de São Paulo fazendo 'politicalha' em cima de mortos, zombando de familiares que tiveram seus entes queridos que morreram por vírus ou outra causa", afirmou.>
Segundo o presidente, "o governo federal fez tudo" que era possível para o combater o novo coronavírus e mencionou a liberação de liberação de verba para os Estados.>
"Nós fizemos tudo que foi possível e mais alguma coisa. Agora cabe aos governadores gerir esse recurso. O que mais nós temos, por parte de alguns Estados, é desvio de recursos. É isso que está acontecendo. Por isso, precisamos da Polícia Federal isenta, sem interferência para poder tratar desse assunto, para poder coibir possíveis abusos" >
Bolsonaro negou, contudo, que esteja em um "embate" com os governadores, a quem vem criticando a atuação desde o início da pandemia. "Esse problema (da pandemia) é para todo mundo resolver, não é para ser politizado".>
Sobre o desemprego causado pela pandemia, o chefe do Executivo citou que "milhões" de brasileiros já perderam seus trabalhos e que a volta da economia não será "rápida". "Só não está uma desgraça maior porque fizemos esse plano emergencial para pagar os R$ 600 para as pessoas". Ele destacou ainda que cerca de 30 milhões de cidadãos já receberam o benefício, mas pontuou que "muita gente se inscreveu de má-fé".>
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