Publicado em 24 de setembro de 2020 às 14:22
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), criticou o resultado da votação dessa quarta-feira (23), na Assembleia Legislativa do Estado que determinou o prosseguimento do processo de impeachment contra ele. "Afastar um governador do mandato da forma como fazem comigo hoje é matar a democracia", publicou o político em sua conta no Twitter nesta quinta-feira (24). Witzel reforçou o discurso de inocência e acusou a Alerj de cometer um "grande erro". >
"Enfrento esse processo de impeachment de cabeça erguida porque nunca compactuei com a corrupção em toda a minha vida. Provarei minha inocência mesmo sofrendo um linchamento moral e político a partir da palavra, sem provas, de delatores, ou seja, de bandidos confessos", disse o governador afastado temporariamente por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).>
A votação terminou com um placar de 69 votos favoráveis ao prosseguimento da ação contra nenhum contrário. Segundo Witzel, a decisão da Alerj, que também deu abertura ao processo contra ele por crime de responsabilidade, foi resultado da pressão nas redes sociais.>
Os órgãos de Justiça envolvidos no processo foram outro alvo das críticas de Witzel. "MP e Judiciário devem estar distantes do debate político. O MP não pode ditar políticas públicas nem decidir quem deve ou não exercer a função outorgada pelo voto popular", disse, destacando que foi eleito com 4,6 milhões votos>
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Nos próximos passos do processo de impeachment, o Tribunal de Justiça será comunicado oficialmente da decisão da Alerj. Em seguida, um tribunal composto por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais analisará a cassação do mandato. Witzel perde o cargo de forma definitiva se sete dos dez votos forem favoráveis à condenação.>
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