Publicado em 15 de setembro de 2020 às 16:59
Contrariado com as informações sobre o fogo que se alastra, além do Pantanal, na floresta Amazônica, o vice-presidente Hamilton Mourão acusou nesta terça-feira (15) funcionários do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) de fazer oposição ao governo federal. >
Segundo o general da reserva, dados positivos sobre a diminuição de focos de queimadas não são divulgados pela órgão, responsável pelos sistemas de monitoramento do desmatamento da floresta amazônica.>
"É alguém lá de dentro que faz oposição ao governo. Eu estou deixando muito claro isso aqui. Aí, quando o dado é negativo, o cara vai lá e divulga. Quando é positivo, não divulga", disse.>
O vice-presidente afirmou que dados oficiais mostram que, até o final de agosto, o país registrou 5 mil focos de incêndio a menos do que no mesmo período do ano passado.>
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"Eu recebo o relatório toda semana. Até dia 31 de agosto, nós tínhamos 5 mil focos de calor a menos do que 31 de agosto do ano passado, entre janeiro a agosto. Agora, o Inpe não divulga isso", criticou.>
Nesta terça-feira (15), dados do instituto mostraram que, nos primeiros 14 dias de setembro, já houve mais queimadas na floresta amazônica do que em todo o mês de setembro do ano passado. Foram 20.485 focos de calor foram registrados no bioma pelo programa Queimadas, do Inpe, contra 19.925 focos em todo o mês de setembro do ano passado.>
Em três dias do mês, foram registrados mais de 2.000 focos de calor em cada um deles e setembro está com uma média de 1.400 queimadas por dia.>
O mês, junto a agosto, é um dos mais críticos em questão de queimadas no bioma, historicamente, por se tratar do período seco na Amazônia. Desmatadores aproveitam esse momento menos úmido para queimar o material biológico que foi derrubado anteriormente.>
O número de queimadas das duas primeiras semanas de setembro também já supera o total registrado de queimadas de setembro de diversos anos anteriores, como 2016, 2013, 2011 e períodos mais distantes, como 1998 e 1999.>
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