Publicado em 4 de setembro de 2024 às 17:02
Na busca por uma vida mais leve, tranquila e sem ansiedade, alguns hábitos corriqueiros podem ser prejudiciais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país que mais tem pessoas ansiosas no mundo, com 9,3% da população brasileira convivendo com a ansiedade. >
Já o levantamento “Panorama da Saúde Mental”, realizado pelo Instituto Cactus e pela empresa de coleta de dados e pesquisas AtlasIntel, aponta que 68% dos brasileiros adultos entrevistados se sentem nervosos, ansiosos ou muito tensos. Apesar do número alarmante, o estudo indica ainda que a maioria (55,8%) das pessoas não procura ajuda para lidar com questões que envolvem transtornos de ansiedade. >
O Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio e ao incentivo de cuidados com a saúde mental, é uma data que reforça a importância deste olhar atento para assuntos de saúde da mente. Para Camila Araújo, profissional da área de Psicologia do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, o processo psicoterapêutico é importante para o autoconhecimento do paciente. >
“Com a orientação e o auxílio psicológico, é possível gerenciar as crises de ansiedade, além de identificar onde esse padrão disfuncional foi estabelecido para pensar em possibilidades de melhoria, criando novos hábitos para que o indivíduo consiga diminuir o sofrimento”, afirma a profissional. >
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Alguns hábitos do dia a dia, vistos como comuns e até inofensivos, podem ser gatilhos para despertar a ansiedade. Entre eles, a profissional cita: >
Segundo Camila Araújo, os sintomas mais evidentes de ansiedade são: inquietação, fatiga, dificuldade de se concentrar, sensação de “branco” na mente, irritabilidade, tensão muscular, perturbação do sono, excesso de medo e preocupação e apetite desregulado. “Outros sinais que podem passar despercebidos são falta de ar, dores no peito, dor no estômago, náusea, diarreia, sudorese, tremores e boca seca”, alerta Camila Araújo. >
A profissional ressalta que a ansiedade se manifesta de forma diferente para cada indivíduo, por isso a importância do acompanhamento psicológico. Entre os 10 hábitos mencionados, ela destaca quatro destes, não tão facilmente percebidos como influentes na saúde mental e ansiedade, mas que merecem atenção. Confira! >
O uso frequente de telas impacta a saúde mental, pois “ativa o sistema de recompensa, estrutura do cérebro que recebe toda atividade prazerosa, e o estímulo constante dessa atividade gera dependência, aumentando o estresse, a comparação, pensamentos acelerados e a ansiedade”, afirma. >
De acordo com a profissional, a falta de sono de qualidade gera dificuldade de prestar atenção e de memorizar. Há, ainda, chances de distúrbios de humor e ansiedade. >
Não se alimentar bem pode causar a deficiência de vitaminas, fazendo com que o indivíduo apresente fadiga, desânimo, oscilação de humor, entre outros.“Exagerar na cafeína e bebidas alcoólicas também gera muito prejuízo, causando sintomas como nervosismo, agitação, insônia e aumento da frequência cardíaca”, destaca Camila Araújo. >
Camila Araújo alerta que não possuir uma rotina possivelmente causa preocupações excessivas, oscilações de humor, estresse, procrastinação e ansiedade. “Quando temos horários e tarefas definidas, há menos espaço para imprevistos e surpresas desagradáveis, o que ajuda a diminuir a ansiedade associada à incerteza sobre o que o futuro nos reserva”. >
A profissional alerta que “é importante reconhecer e entender como a ansiedade pode surgir para conseguir identificar e gerenciar seus comportamentos, pensamentos e o ambiente em que se está inserido, evitando despertar gatilhos”. >
Entre as ações para incluir na rotina em busca de mais equilíbrio, Camila Araújo compartilha que praticar atividade física, se alimentar de forma saudável, ter um sono de qualidade e buscar acompanhamento psicológico são medidas que fazem muita diferença e podem ajudar. >
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