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Quem sofre de alergia está mais exposto ao coronavírus? Entenda

Quem sofre de alergia está mais exposto ao coronavírus? Entenda

Alergista explica quem deve se preocupar com a Covid-19. Asmáticos podem ter mais complicações? Entenda as diferenças

Publicado em 10 de abril de 2020 às 10:39

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Asmáticos devem se preocupar mais com o coronavírus: a asma deve ser mantida sob controle, como com uso de bombinhas
Asmáticos devem se preocupar mais com o coronavírus: a asma deve ser mantida sob controle, como com uso de bombinhas. (Freepik)

O coronavírus é uma doença que afeta principalmente os pulmões. Um motivo de preocupação a mais para quem sofre de uma doença respiratória como a alergia. Será que essas pessoas podem se tornar um alvo mais fácil da Covid-19?

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) já tratou de tranquilizar os pacientes ao afirmar que pessoas que apresentam alergia respiratória, como asma ou rinite, e que estejam com seus sintomas controlados, têm o mesmo risco de se infectar que as outras pessoas.

De acordo com a alergista e imunologista Paula Perini, a questão é que se a doença estiver descontrolada, essa pessoa terá mais chances de sofrer complicações em caso de infecção por coronavírus.

“Quem tem alergias a pêlo de animal, mofo, poeira, por exemplo, pode manifestar isso em forma de rinite, dermatite atópica ou na forma de asma. A pessoa que deve ter uma preocupação maior é o asmático. Esse sim é do grupo de risco para a Covid-19”, explica a médica.

Daí a importância de o asmático manter sua doença bem controlada. “O coronavírus faz uma doença pulmonar. E a asma é uma doença que causa um comprometimento pulmonar. Se a pessoa não tem sua doença sob controle, sem crises, pegar coronavírus pode significar um estrago”, observa.

Por isso, segundo a alergista, a recomendação é que quem sofre de asma continue fazendo uso diário dos corticoides inalatórios, conforme prescrição médica, pois eles são seguros em caso de infecção por coronavírus. “Os perigosos são os medicamentos como os corticoides orais, em altas doses e por tempo prolongado”.

Paula afirma ainda que para quem tem rinite, dermatite, urticária e outros tipos de alergia, a recomendação também é manter-se longe das crises. “Elas não fazem parte do grupo de risco. Mas se estiverem em crise, significa que há algo errado, que o sistema imunológico vai se alterar, o que pode gerar alguma complicação se ela pegar outra infecção respiratória”.

Idosos asmáticos, por conta da idade, devem ter um cuidado redobrado, segundo a especialista.

A médica lembra que o alérgico deve manter algumas medidas preventivas para evitar o desencadear das crises, principalmente nesse período de outono e inverno, quando a doença se manifesta de forma mais intensa.

Prevenção

“É importante manter a casa sempre limpa, usar os remédios preventivos de forma correta conforme o seu médico prescreveu. Além disso, saber identificar qualquer sinal de início de uma crise e tomar os remédios para que a crise alérgica não seja instalada. Vale fazer uso de imunoterapia, em forma de vacina, nos casos que têm indicação. Por último, sempre estar acompanhando seu médico alergista e imunologista, já que se tratam de doenças crônicas”, cita Paula Perini.

Falta de ar

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Embora a asma também se manifeste pela falta de ar, a médica diz que há sinais claros que a diferenciam do coronavírus. “O coronavírus nunca vem com falta de ar isoladamente.Vai ter cansaço, queda do estado geral, febre, tosse… Já a asma vai começar com tosse e falta de ar. O paciente deve usar as medicações prescritas pelo médico para acabar com a crise.Se os sintomas evoluírem para uma febre, por exemplo, aí dá para começar a pensar que pode ser coronavírus”.

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