Publicado em 13 de outubro de 2023 às 13:49
A inteligência artificial vem dominando os processos que demandam a busca e compartilhamento de informações nos mais diferentes tipos de trabalho. A ferramenta, que se popularizou recentemente, tem sido cada vez mais adotada, mas exige certos cuidados para evitar o uso de dados falsos ou imprecisos. De todo modo, as possibilidades trazidas pela IA representam uma revolução para o mercado, avaliam especialistas da área de tecnologia que atuam no Espírito Santo. >
Trata-se um processo evolutivo contínuo de muito aprendizado. Estamos numa linha de pesquisa, entendendo esse ecossistema e para onde ele vai se movimentar”, pontua o gerente de Tecnologia da Rede Gazeta, Luciano Faco.>
Fato é que a internet pode oferecer variadas experiências com a nova tecnologia. Por isso, acrescenta o gerente, é preciso tomar cuidado com as informações transmitidas pelas inteligências, como o ChatGPT e o Bard, do Google, por exemplo. Como ainda passam por uma fase de experimentação e ajustes, podem apresentar dados incorretos.>
“Problemas sempre haverá, como a ferramenta trazer dado inconsistente, dado que não existe, coisa que ela basicamente inventou a partir de características que pegou na sua pergunta e inseriu no texto como se aquilo fosse verdade”, ressalta Faco.>
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De qualquer maneira, pondera ele, ainda que passe por um momento de evolução, é preciso garantir que esforços continuem sendo feitos com o propósito de aprimorar a IA, pois a ideia é transmitir dados concretos e seguros no ponto alto de maturidade, defende o colaborador da Rede Gazeta.>
“São evoluções. Não posso matar a tecnologia ou a inovação porque no início ela tá errando em algumas coisas. O que a gente tem que ter é o discernimento para o uso e entender que aquilo ali é uma ferramenta em construção e vai estar em construção por muito tempo, até se tornar muito segura e muito madura”, sustenta.>
De acordo com pesquisa global da International Business Machines Corporation (IBM), feita em 2022, 41% das empresas brasileiras utilizam alguma forma de IA em seu dia a dia.>
A Triple AI, empresa capixaba que desenvolve chatbots para terceiros, é um exemplo dessa aplicação. O cofundador Eduardo Barcelos explica que o papel da Triple é criar um modelo de IA com base nos dados privados das empresas, algo que tem gerado muito resultado.>
“Hoje, conseguimos entender algumas esferas de atuação de ferramentas de IA aplicadas em negócios. Atuamos também com gestão do conhecimento interno. Então, a escolha da IA consegue centralizar todos esses documentos em formato de chatbot”, aponta Barcelos.>
De forma mais objetiva, a Triple AI abriga os mais diversos dados dos clientes, a partir de documentos, e oferece ao público a possibilidade fazer uma pesquisa rápida, direta e objetiva. Além disso, consegue gerar resultados mais específicos, como um post para Instagram, fazendo uso dos dados coletados previamente.>
“Acredito que nada vai ser tão forte, vai gerar tanto valor quanto uma pessoa utilizando a inteligência artificial. Uma pessoa utilizando ferramentas de IA ela vai conseguir ter uma produtividade muito maior nas atividades diárias.”>
A aplicação das IAs acontece em diferentes níveis, seja na Europa, seja no Espírito Santo. Para Barcelos, a virada de chave no mercado capixaba acontecerá em 2024, ano em que as pessoas passarão a aplicar as inteligências nos seus negócios com mais frequência. No entanto, o cofundador da Triple AI reforça que o público já tem interesses.>
“O capixaba já vem utilizando bastante a IA. Então, todas as vezes que a gente conversa com as empresas, a conversa flui muito bem, a aceitação é muito boa.”>
Quem reitera a ideia de Barcelos é Junior Venturin, CEO da Aumo, empresa que atua no gerenciamento de conhecimento corporativo, ou seja, armazena dados de empresas em uma inteligência própria e oferece insights aos colaboradores. Junior entende que a nova tecnologia vem para um bem coletivo maior.>
“No Brasil, nós temos uma coisa muito importante, um mercado que consome tecnologia. Esta realidade não é diferente no mercado capixaba. Nesse caso, estamos evoluindo o nosso ecossistema de inovação.”>
As IAs tomaram uma grande proporção no cenário mundial, invadindo grandes centros e pequenas cidades. O questionamento que fica é: “quais são seus riscos?”. Venturin traz uma importante reflexão acerca do uso dessas inteligências.>
“Eu acredito que é um caminho sem volta. A resposta só pode ser um entendimento mais profundo, que é a tecnologia. Ela é neutra. A decisão se vai ser negativa ou positiva, cabe a nós na escolha.”>
Vitor Gregório é aluno do 26º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. A produção deste conteúdo teve a supervisão da editora do programa, Andréia Pegoretti.>
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