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Irã assume ataque contra a base americana no Iraque

Irã assume ataque contra a base americana no Iraque

A ação foi uma resposta ao ataque dos Estados Unidos na última sexta-feira (3) que matou o general Suleimani

Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 22:59

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A Guarda Revolucionária do Irã (GRI) reivindicou ataques com mísseis a ao menos duas bases iraquianas que abrigam militares dos Estados Unidos nesta terça (7). Os locais atacados foram a base aérea de Ain al Assad, no oeste do país, e uma outra em Erbil, quarta maior cidade do Iraque e capital da região autônoma do Curdistão. O Irã assumiu o ataque contra a base americana.

Qassem Soleimani, general morto em um ataque aéreo americano em Bagdá nesta quinta-feira (2). (Reprodução)

O Pentágono confirmou que os mais de 12 mísseis foram lançados pelo Irã. "Está claro que esses mísseis foram lançados do Irã e tinham como alvo duas bases militares iraquianas onde havia tropas americanas e aliados em Al-Assad e Irbil", disse que Jonathan Hoffman, assistente do departamento de Defesa. "Estamos trabalhando nas avaliações iniciais dos danos."

Segundo ele, as bases estavam em alerta máximo por conta de "indicações de que o regime iraniano planejava atacar" forças americanas na região.

O ataque ocorre após grupos armados pró-Irã prometerem unir forças para responder à ofensiva de um drone americano que na sexta-feira (3) matou o general iraniano Qassim Suleimani e o líder militar iraquiano Abu Mahdi al Muhandis em Bagdá. Suleimani chefiava a força de elite da GRI, chamada Quds.

"A vingança feroz da Guarda Revolucionária já começou", disse a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã em um comunicado no canal Telegram, segundo o jornal The New York Times.

?A base aérea de Ain al Assad atingida fica na província de Anbar, a cerca de 200 km de Bagdá, e recebeu uma visita de Trump em dezembro de 2018.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, o presidente Donald Trump está a par do ocorrido e monitorando a situação junto a especialistas de segurança do governo. Além da base aérea, um oficial americano afirmou à agência Reuters acreditar que outros localidades no Iraque também tenham sido atacadas. Mas ele não deu mais detalhes.

Após o ataque, o Pentágono afirmou que tomaria todas as medidas necessárias para proteger os americanos na região, seus parceiros e aliados.

Mais cedo na terça, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, disse que os Estados Unidos deveriam antecipar a retaliação do Irã pelo assassinato de Soleimani.

"Acho que devemos esperar que eles retaliem de alguma forma", disse Esper em entrevista coletiva no Pentágono. "Estamos preparados para qualquer contingência. E então responderemos adequadamente ao que eles fizerem."

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O Parlamento do Irã aprovou nesta terça uma lei que designa as Forças Armadas dos Estados Unidos como ?terroristas?, ao passo em que a GRI pediu a retirada total do Exército americano do país. ?

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