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Biden mudaria política, mas populismo continuará, diz Economist

Biden mudaria política, mas populismo continuará, diz Economist

Segundo a revista, com ele a Casa Branca se livraria de negociações pessoais, mentiras habituais e o uso de órgãos do governo para execução de vinganças

Publicado em 5 de novembro de 2020 às 17:05

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 Biden, candidato democrata à presidência dos EUA, fala sobre a eleição presidencial de 2020 em Wilmington, Delaware
Biden, candidato democrata à presidência dos EUA, fala sobre a eleição presidencial de 2020 em Wilmington, Delaware. (Reuters/Folhapress)

A revista Economist traz nesta semana uma reportagem em que afirma que uma vitória do democrata Joe Biden mudaria a política americana em áreas que vão do clima à imigração, mas a quantidade de votos que o republicano Donald Trump conseguiu mostra que o populismo seguirá vivo nos EUA.

A revista afirma que Biden deve obter 52% dos votos populares e diz que o democrata é um "homem decente que, após o fechamento das urnas, prometeu governar como um unificador". Segundo a revista, com ele a Casa Branca se livraria de negociações pessoais, mentiras habituais e o uso de órgãos do governo para execução de vinganças.

Por outro lado, aponta, o Partido Republicano, que deve manter o controle do Senado, "caiu sob o feitiço de Trump", cuja eleição em 2016 "foi o início de uma profunda mudança ideológica em seu partido".

Duas conclusões serão tiradas "do fracasso da América em rejeitar o trumpismo de forma mais decisiva", escreve a Economist: nacionalistas que buscam inspiração no republicano reconhecerão que seu tipo de política tem futuro fora dos EUA e haverá mais cautela no resto do mundo para confiar no país.

No primeiro caso, a revista diz que uma forte "abjeta" de Trump poderia trazer problemas para o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e para a expoente da extrema direita da França Marine Le Penn. Mas, em vez disso, o ex-líder do partido Brexit no Reino Unido Nigel Farage ensaia um retorno.

"Biden, por outro lado, está imerso nos valores tradicionais da diplomacia americana", segundo a Economist. Para a revista, ele tentaria restaurar laços com aliados e fortaleceria a governança global, permanecendo na Organização Mundial da Saúde e assinando o acordo de Paris sobre mudança climática.

"Mas depois desse resultado eleitoral, todos saberão que tudo poderá se reverter em 2024", diz a revista.

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