Publicado em 4 de fevereiro de 2022 às 10:16
Quando pensamos em contratar um seguro de carro, o preço costuma ser um dos principais atraentes. Mas é importante considerar outros fatores do contrato para não ficar na mão na hora de acionar a assistência.>
Hoje, as principais coberturas são para roubos, furtos, colisões, danos causados a terceiros e acidentes. Existem ainda serviços acessórios que podem ser contratados junto com o seguro. Alguns deles incluem assistência 24 horas, serviço de guincho, troca de pneu, carga de bateria, vidros, farol e pequenos reparos de lataria e pintura. >
Com tantas opções no mercado, fica difícil escolher. E muita gente se pergunta: o que é preciso levar em conta antes de contratar um seguro de automóvel? >
Segundo Tiago de Angelis Karlinski, gerente Atuarial de Reservas e Produtos da Banestes Seguros, é importante refletir sobre qual nível de tranquilidade e segurança o segurado deseja ter em caso de um acidente ou necessidade de acionamento da assistência. >
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“Recomenda-se sempre a contratação da cobertura compreensiva de casco do veículo, responsabilidade civil facultativa em caso de danos causados a terceiros e acidentes a passageiros. Os serviços de assistência também são extremamente importantes como guincho, vidros, farol e pequenos reparos”, exemplifica.>
Angelis também recomenda que o motorista consulte um corretor de seguros que tenha confiança para analisar o contrato. Isso é importante para que ele saiba exatamente os serviços que estarão disponíveis, se eles estão adequados, e qual o percentual de referência para indenização da tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).>
Simplificamos todas as dicas em uma lista para te ajudar na hora da contratação de um seguro de carros. Confira:>
Pesquise sobre a seguradora
O mais importante é certificar-se que você está contratando uma seguradora autorizada e fiscalizada pela SUSEP (autarquia federal que regula o setor). Assim, você garante que a empresa possui capacidade financeira e reservas suficientes para arcar com os compromissos. Cuidado com as empresas de “Proteção Veicular” e cooperativas sem qualquer tipo de fiscalização oficial. Uma busca rápida no site www.susep.gov.br é suficiente para esclarecer essa situação. Caso a companhia esteja em situação regular, a busca vai trazer todas as informações.
Peça ajuda de um corretor
O corretor de seguros é um profissional certificado para intermediar a venda entre a seguradora e o cliente. Ele não tem qualquer vínculo empregatício com a companhia de seguros, e a tarefa é indicar a melhor proposta para atender às necessidades do cliente. Depois que o seguro é efetivado, o corretor ainda deve auxiliar o segurado na resolução das mais variadas questões junto à seguradora, sejam elas financeiras, contratuais, etc.
Tenha em mente suas necessidades
Nem sempre a proposta de menor valor é suficiente para atender a sua necessidade. Omitir ou declarar informações incorretas impede a indenização e/ou a prestação de serviços em caso de assistência. Outro erro é tentar reduzir o valor do seguro “economizando” em itens opcionais como diárias de carro reserva, quilometragem de guincho, contratação de coberturas acessórias (ou para terceiros) e plano de assistência 24 horas. Tais facilidades aumentam o custo da contratação, mas evitam muita dor de cabeça para o cliente lá na frente.
Analise o % da tabela FIPE contratado
Um seguro de automóvel pode cobrir danos parciais ou indenizar integralmente o segurado, tudo depende do que está previsto em contrato. Atualmente, há opções de seguros mais econômicos que cobrem apenas os casos de perda total, quando os danos ao veículo superam 75% do valor de compra. Mas, mesmo nessa situação, o segurado pode não ser reembolsado em 100% do valor de mercado do veículo (Tabela FIPE). Por isso, é importante definir, no momento da contratação, o percentual da FIPE que você deseja receber em caso de uma perda total. Esse valor geralmente fica em 85%, 90%, 100% ou até 110%.
Verifique o valor de franquia oferecido
Se o seguro que você escolheu também cobre perdas parciais, ou seja, aqueles danos avaliados abaixo dos 75% do valor de compra do veículo, será necessário optar por um valor de franquia que representa a coparticipação financeira do segurado no custo de reparos do veículo. Quanto mais baixo o valor da franquia contratada, maior será o valor pago para adquirir o seguro. Em compensação, na ocorrência de um sinistro, um valor de franquia reduzido é muito mais vantajoso para o segurado.
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