Publicado em 6 de outubro de 2023 às 18:13
Depois da medalha de prata inédita na disputa por equipes, Rebeca Andrade e Flávia Saraiva voltaram ao ginásio na Bélgica para disputar a final do individual geral no Mundial de ginástica artística, na tarde desta sexta-feira. Rebeca teve um disputa a cada aparelho com a americana Simone Biles pelo primeiro lugar. Dona da medalha de ouro em 2022, quando Biles não competiu, a brasileira acabou atrás da americana por menos de 1.8 ponto e foi prata, sua sexta medalha na carreira em mundiais. O terceiro lugar ficou com Shilese Jones, dos Estados Unidos, e fez com que a competição tivesse pela primeira vez um pódio 100% negro na história. Flávia Saraiva sentiu uma lesão no fim e terminou com o 15º lugar. >
Na primeira final da história do Mundial de ginástica em que duas campeãs negras se enfrentavam, Rebeca Andrade e Simone Biles literalmente duelaram pelo pódio desde o primeiro aparelho Com a americana sempre competindo primeiro, a brasileira entrava para as apresentações sabendo o que precisava fazer para continuar na disputa. Como ocorreu na classificatória, Biles foi superior em três dos quatro aparelhos e conquistou seu 21º ouro em mundiais na carreira.>
Rebeca Andrade e Flávia Saraiva ficaram no mesmo grupo na decisão e começaram a disputa da final do individual geral pelo salto. Primeira atleta do País a competir no aparelho, Flavinha foi a primeira atleta brasileira e com um salto quase cravado fez 13.833. Três atletas mais tarde, Rebeca começou sua participação na final do Mundial.>
Em seu salto, a atual campeã do mundo na prova teve um salto quase perfeito. Com velocidade, altura, execução completa, Rebeca só errou na aterrisagem. Com um desequilíbrio ao terminar o movimento, a brasileira acabou pisando fora da área delimitada, foi penalizada em 0,1 e fechou sua participação no aparelho com a nota de 14.700, a segunda maior do dia no salto.>
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A rotação colocou as brasileiras nas barras assimétricas para a segunda apresentação. Assim como aconteceu no salto, Flávia Saraiva abriu a participação brasileira e, assim como na classificação, teve dificuldades. Com uma queda do aparelho logo nos primeiros movimentos, a ginasta terminou 12.633.>
Em sua passagem, Rebeca Andrade deu show. Diferente da maioria das ginastas, a brasileira teve uma apresentação limpa. Conseguindo manter o ritmo e completar os movimentos como se espera, Rebeca tirou 14.500, a quarta melhor nota do aparelho no dia, e saltou para o segundo lugar geral na decisão após dois aparelhos.>
Flávia Saraiva conseguiu se recuperar da queda nas barras assimétricas no aparelho seguinte. Finalista olímpica em 2016 na trave, a brasileira teve uma apresentação apenas com pequenos desequilíbrios e conseguiu um 14.033, a segunda melhor nota de toda a competição, e saltou para a briga por um lugar no pódio.>
Assim como aconteceu na classificatória, a passagem pela trave foi a mais difícil para Rebeca Andrade. Com uma série de pequenos desequilíbrios, a brasileira perdeu alguns pontos, terminou com 13.500, piorando sua nota em relação a classificação e ficando mais de um ponto atrás de Simone Biles na busca pela medalha de ouro no individual geral.>
Em seu último aparelho na final do individual geral, Flávia Saraiva teve problemas. Durante sua apresentação, a brasileira sofreu uma queda, ainda no começo, e sentiu um problema médico no tornozelo direito. Desta forma, a atleta terminou com 12.200 e fechou a competição com a 15ª colocação, com um total de 52 699.>
Ao som de Beyoncé e Anitta, Rebeca Andrade mais uma vez levantou todo o ginásio na Bélgica. Diferente do que aconteceu na classificatória e na final por equipes, a brasileira acabou cometendo um erro na última série de saltos e pisou fora da área demarcada. Desta forma, Rebeca teve 14.066 e ficou com a medalha de prata, com um total de 56.766>
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