Publicado em 20 de julho de 2022 às 09:40
No Mundial de Eugene, no estado do Oregon, Alison dos Santos teve ampla vantagem sobre os concorrentes. Ele completou o percurso em 46s29 (recorde do Mundial), 0s60 à frente do segundo colocado, o norte-americano Rai Benjamin. >
Completou o pódio o também norte-americano Trevor Bassit, com 47s39. Medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio e recordista mundial, o norueguês Karsten Warholm não teve bom desempenho, errou em uma das barreiras e obteve apenas o sétimo lugar, com 48s42.>
Bronze na última edição olímpica com o tempo de 46s72, Piu, como é conhecido o brasileiro, baixou bastante seu tempo desde então. Ainda muito jovem, trabalha para chegar bem aos Jogos de Paris, em 2024, e tem tempo para crescer em sua promissora carreira.>
Na noite de terça, ele se tornou apenas o segundo atleta do Brasil a conquistar uma medalha de ouro no Mundial, o primeiro homem. Só Fabiana Murer, em 2011, no salto com vara, havia subido ao topo do pódio.>
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"É um momento indescritível. Uma sensação maravilhosa", disse ao SporTV. "Sabe quando você sonha com alguma coisa e acorda todo dia pensando no que precisa fazer para alcançar. Eu estava assim nesta temporada, e aqui veio o meu melhor resultado." >
Como havia feito em Tóquio, Alison chegou ao ápice da temporada no momento ideal, na hora de maior pressão. De novo, estabeleceu seu recorde pessoal, mostrando tranquilidade para lidar com o grande palco. "Agora estou com o apelido de Gelado. Aqui é a parte fácil. Competir é muito fácil! Não tem dificuldade, não tem estresse, não tem dor, não tem nada. Difícil é o treino. Aqui, eu me sinto em casa, porque sei que a parte difícil já foi", afirmou.>
Para Piu, é possível buscar o melhor tempo da história da prova, registrado justamente na final de Tóquio, por Warholm, 45s94. Se fechar a disputa abaixo dos 46 segundos parecia impossível há pouco tempo, não é mais. "[A pergunta] não é nem mais se é possível. É quando.">
"Daqui a 30 ou 40 anos, vão se lembrar do que o Alison dos Santos fez nos 400 m com barreira", disse o simpático atleta, com um sorriso capaz de tornar a frase não arrogante. >
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