Estagiária / jcunha@redegazeta.com.br
Publicado em 26 de outubro de 2022 às 19:07
Já ouviu falar na dieta low FODMAP? Ela é a nova queridinha da galera que convive com desconfortos intestinais, como cólicas, diarreia, constipação e gases. Em entrevista ao quadro Boa Mesa da rádio CBN Vitória, a nutricionista Roberta Larica, esclareceu algumas dúvidas sobre o procedimento.
Primeiramente precisamos explicar o que é o FODMAP. Trata-se de uma sigla em inglês para a “fermentable oligosaccharides, disaccharides, monosaccharides and polyols” - em português oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis. Esses são carboidratos que não são absorvidos no processo digestivo, então são rapidamente fermentados no intestino, o que pode levar a azia, gases, diarreia e distensão abdominal em pessoas sensíveis.
"Para aqueles que possuem disfunções gastrointestinais, como a síndrome do colo irritado, o consumo desses alimentos agrava os sintomas, causando dores, desconforto, gases e desregulação da flora intestinal", conta Roberta.
A dieta consiste na retirada total ou parcial desses alimentos do consumo diário, visando diminuir ou até acabar com os sintomas provados pelo consumo dos FODMAPs. Ela pode até ajudar a emagrecer ou desinchar num primeiro momento, mas ela não é recomendável a longo prazo pois o paciente pode ter deficiência nutricional. Além disso, toda dieta restritiva favorece o reganho dos quilos perdidos mais à frente.
Assim, se recomendada por um profissional de saúde ou nutricionista, a restrição da dieta low FODMAP é feita por aproximadamente quatro semanas com auxílio de suplementos e com acompanhamento contínuo de um profissional qualificado. "A dieta não é indicada para pessoas que sofrem com gastrite e refluxo, visto que esses problemas são ocasionados por outro tipo de alimento", ressalta a nutricionista.
Para aqueles que não querem enfrentar uma dieta tão restritiva, a nutricionista conta que o segredo está em apostar nos alimentos super digestivos, principalmente o gengibre, a hortelã e o alecrim. Os três podem ser consumidos durante as refeições ou em forma de chá para auxiliar na redução das dores e problemas intestinais.
"Outra dica para aqueles que sofrem ao comer feijão é deixar o alimento de molho em agua filtrada de um dia por outro para diminuir a fermentação do alimento. Assim como o grão de bico e a lentilha." afirma a nutricionista.
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