Entenda a condição que fez Claudia Raia perder cabelo após o nascimento do filho

Aumento dos hormônios femininos na gestação melhora a qualidade do cabelo, mas no pós-parto acontece uma queda acentuada desses hormônios, que pode favorecer a queda capilar

Claudia Raia e o filho Lucca

Claudia Raia sofreu com queda intensa dos fios após o nascimento do seu último filho, Luca. Crédito: Reprodução @claudiaraia

Em recente entrevista, a atriz Claudia Raia conta que sofreu com queda intensa dos fios após o nascimento do seu último filho, Luca. A atriz de 56 anos relata que perdeu tantos "tufos" que "sentiu uma peruca caindo do seu cabelo". Mas por que isso ocorre se, durante a gestação, no geral, os cabelos estão bonitos e fortes?

Segundo a endocrinologista Deborah Beranger, os hormônios femininos são relacionados ao crescimento e boa textura do cabelo. Por isso, durante a gravidez, quando os hormônios estão em profusão, os fios tornam-se mais bonitos, brilhantes, densos, fortes e com crescimento acima da média.

“Durante a gestação, por conta do estímulo dos hormônios femininos nos cabelos, os fios ficam em fase anágena, de crescimento. Então, no geral, a gestante, a não ser aquelas com deficiência de ferro, anemia ferropriva, deficiência de ácido fólico ou ainda de vitamina D, tem uma qualidade capilar de excelência. No entanto, no período pós-parto, há uma grande preocupação com a queda desses fios. Esse fenômeno é chamado de eflúvio telógeno pós-gestacional, com queda intensa dos fios”, explica Lilian Brasileiro, médica especialista em Dermatologia.

De acordo com Lilian Brasileiro, na gestação, o aumento dos hormônios femininos provoca uma vasodilatação para o bulbo capilar trazendo mais oxigênio e nutrientes, mantendo os fios na fase de crescimento por longo período. Já no pós-parto acontece uma diminuição acentuada dos hormônios femininos, o que favorece a queda.

Este quadro pode começar principalmente nos primeiros quatro a seis meses. Há uma baixa dos hormônios femininos no pós-parto e no pós-cesárea pelo próprio estresse do período pós-cirúrgico e, muitas vezes, em casos em que a paciente não descansa o suficiente, não se alimenta como deveria, além da questão da amamentação. O quadro de estresse físico e emocional com alteração hormonal pode levar à queda capilar”, explica a médica. “Uma recomendação pode ser a introdução de vitaminas para melhorar a performance e nutrição capilar no último trimestre”, afirma.

Essa é uma característica importante a ser pensada, observada e prevenida. “Embora o eflúvio telógeno possa ser resolvido sozinho, podemos entrar imediatamente com altas dosagens de vitaminas, checar os níveis férricos e as questões relacionadas aos hormônios femininos e a tireoide, a vitamina D, zinco e o ácido fólico; e fazer o uso de substâncias específicas se elas tiverem carência ou a reposição de um aporte nutricional que seja específico para a parte capilar”, destaca Lilian Brasileiro.

Com relação à suplementação nutricional para o cabelo, já no terceiro trimestre, a médica explica que podem ser usadas substâncias como biotina, silício, ferro e zinco, além de ácido fólico. Além disso, alguns cuidados tópicos podem ser colocados em prática, como a utilização de loções. 

“E, no consultório, após o nascimento, podem ser usados tratamentos como laser fracionado não ablativo e a técnica de microinfusão de medicamentos, associado também ao HydraFacial Keravive”, diz Lilian Brasileiro. “O procedimento fornece uma limpeza e esfoliação profunda que o paciente não consegue alcançar com lavagens regulares em casa, ao mesmo tempo em que infunde substâncias que nutrem o fio. Keravive também pode contribuir no tratamento de queda capilar, podendo estimular o crescimento dos folículos caso estejam em repouso. De maneira geral, melhorar a saúde do couro cabeludo, com maior aporte nutricional e incremento no processo de microcirculação, pode contribuir no tratamento de variados tipos de queda capilar”, finaliza Lilian Brasileiro.

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