'Banco de colágeno': entenda o que é e como funciona

Bioestimuladores injetáveis, alimentação balanceada e tecnologia de ponta são as principais formas para turbinar a proteína que garante a firmeza e a sustentação da pele

Mulher fez tratamento de colágeno

Uma maneira de reduzir o impacto do envelhecimento provocado pela redução de colágeno, é realizar tratamentos para aumentar a produção natural. . Crédito: Shutterstock

Com o passar dos anos, nosso corpo reduz a a produção de colágeno, proteína considerada uma das mais importantes do corpo humano. Além da pele, ela está presente em vários locais, como os ossos, os tendões, os músculos e as cartilagens. O colágeno é a principal estrutura para manter uma aparência mais jovem. Quanto mais fibras de colágeno houver no local, menos rugas, sulcos e flacidez é observado. 

Acontece que, entre os 25 e 30 anos, começamos a perder a proteína. Por isso, muito pacientes têm recorrido ao 'banco de colágeno' nas clínicas de dermatologia. "Banco de colágeno é um termo que utilizamos para aumentar nossa reserva de colágeno. A partir dos 25 anos, iniciamos um processo de perda gradual dessa proteínas. Assim, perdemos cerca de 1% de colágeno ao ano. Para as mulheres, após a menopausa, essa taxa aumenta para até 5%. Além disso, não somos mais capazes de produzir espontaneamente as fibras de colágeno. É necessário que haja um estímulo, que resulte num processo inflamatório de forma programada, com consequente recrutamento de novas fibras", explica a dermatologista Isabella Redighieri. 

A médica conta que o 'banco de colágeno' serve para equilibrar a balança de perda X ganho de colágeno. "Fisiologicamente, estamos perdendo colágeno anualmente. Quando fazemos estímulos constantes, nossa reserva de colágeno vai se equilibrando. Quanto mais positiva, mais jovem a aparência", diz. 

Isabella Redighieri recomenda estimular a pele a produzir colágeno através de estímulos, alternando tecnologias com os bioestimuladores de colágeno.

"Os bioestimuladores são muito utilizados e apresentam resultados muito bons e duradouros. Injetamos partículas específicas, que promovem uma inflamação localizada, de forma controlada. Com o processo de cicatrização, há o recrutamento de novas fibras de colágeno que se dá por muitos meses"

"Os bioestimuladores são muito utilizados e apresentam resultados muito bons e duradouros. Injetamos partículas específicas, que promovem uma inflamação localizada, de forma controlada. Com o processo de cicatrização, há o recrutamento de novas fibras de colágeno que se dá por muitos meses"

Isabella Redighieri

TECNOLOGIAS

A dermatologista Giane Giro explica que o 'banco de colágeno' é o nome dado aos protocolos combinados que reúnem bioestimuladores injetáveis com os lasers e outras tecnologias que promovem a produção de colágeno. "Essa 'reserva' ajuda a equilibrar a redução natural desta proteína na pele durante o processo de envelhecimento. Os tratamentos são indicados de acordo com a necessidade individual do paciente". 

Os tratamentos preventivos mantêm a pele com a aparência mais jovial, previnem a flacidez e deixam a pele mais firme. Uma das tecnologias utilizadas é o Fotona 4D, tratamento que combina quatro modos de laser, que atuam em todas as camadas da pele, inclusive por dentro da mucosa oral. Ele promove um estímulo global na produção de colágeno, melhorando a qualidade da pele e a flacidez.

"Outra opção é o ultrassom microfocado, tecnologia que promove pontos de coagulação em diversas profundidades da pele, que estimulam a produção de novo colágeno e melhora da flacidez"

"Outra opção é o ultrassom microfocado, tecnologia que promove pontos de coagulação em diversas profundidades da pele, que estimulam a produção de novo colágeno e melhora da flacidez"

Giane Giro

Existem tratamentos que utilizam laser e outras tecnologias que aumentam a produção de colágeno da pele, como a radiofrequência, diversos tipos de laser, como o Starwalker e o CO2, o microagulhamento e luz pulsada. "Eles terão maior ou menor benefício para a pele, de acordo com o tipo de equipamento e técnica utilizados", diz a médica.

HOMENS E MULHERES

Para as mulheres, o 'banco de colágeno' é essencial por conta da menopausa. Os tratamentos são muito importantes por volta dos 35 a 45 anos, para que não entrem na menopausa com pouco colágeno. "Na menopausa, a perda do colágeno acelera cerca de cinco vezes ao ano. A flacidez se instala de forma rápida. Quanto mais estimularmos colágeno, de preferência desde cedo, menos sofreremos com esse processo", explica Isabella Redighieri. 

Já a pele masculina é mais espessa e contém mais colágeno que a pele feminina. Além da aparência mais firme, os homens não tem essa queda acentuada na produção da proteína como as mulheres têm na menopausa. "Mas eles têm a redução progressiva na produção de colágeno, que leva a flacidez e ao envelhecimento da pele. O homem se beneficia dos protocolos para o 'banco de colágeno', pois os tratamentos promovem o rejuvenescimento com resultados naturais e mantêm os traços masculinos", diz Giane Giro.

Os hábitos de vida têm um papel muito importante no envelhecimento. A exposição excessiva ao sol pode até dobrar a velocidade da perda de colágeno da pele. O cigarro afeta as fibras colágenas e elásticas, piorando a flacidez. Por isso, atitudes no dia a dia, são fundamentais no cuidado com a pele.

"Existem vários hábitos que ajudam a ter uma pele saudável e evitam o envelhecimento precoce, como usar o protetor solar diariamente, o grande aliado na prevenção do envelhecimento; não fumar, ter uma alimentação saudável, balanceada e rica em antioxidantes naturais; evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e dormir bem", conta Giane Giro.

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