• Isabela Castello

    Isabela Castello, administradora e designer, é apaixonada pelo universo criativo e pela natureza. Assina duas colunas. A VÃO LIVRE aborda conteúdos sobre arte, design, arquitetura e urbanismo. E a coluna TERRA trata de temas relacionados à sustentabilidade ambiental e ao consumo consciente. Seu propósito, com as colunas, é disseminar o bem e o belo.

A indústria da moda e o impacto ambiental

Publicado em 07/05/2023 às 08h00
O guarda-roupas funcional facilita a você encontrar as peças e a reutilizá-las, tornando a moda sustentável

A indústria da moda contribuiu com aproximadamente 2,1 bilhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa em 2018. Crédito: Shutterstock

Poucas pessoas se dão conta do impacto ambiental da indústria da moda e como este setor afeta as mudanças climáticas. Ao comprar o último lançamento de sua marca favorita, ao comprar vários biquínis para o verão, ao comprar um novo vestido para um evento importante, muitos consumidores não têm conhecimento sobre os efeitos dessas decisões de compra – aparentemente inofensivas - para a sustentabilidade do planeta.

Já abordamos este tema aqui na Coluna Terra. Quem quiser entender melhor o impacto da indústria do vestuário, pode ler a entrevista com a consultora de estilo Rachel Helidonis. 

Mas é necessário sempre voltar ao tema. A indústria da moda contribuiu com aproximadamente 2,1 bilhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa em 2018, o equivalente a 4% das emissões globais.

Resumindo: O impacto climático da indústria da moda é devastador. A pegada de carbono deixada pela produção global de roupas é equivalente à da França, Alemanha e Reino Unidos juntos. Essas estimativas são baseadas em dados do Fashion on Climate, de 2018.

Depois de conhecer este profundo impacto, o que podemos fazer a respeito?

Os consumidores têm um enorme poder para influenciar as empresas. Então, vamos a algumas ações e ideia para mudarmos nossa relação com a moda e com o consumo de vestuário.

CONSUMIR MENOS

Esta é a primeira grande medida a ser adotada. Será que algumas mulheres precisam ter centenas de roupas, sapatos e acessórios, em seu guarda-roupas? Podemos e devemos ser mais comedidas nas nossas aquisições. Mudar a mentalidade, de acreditar que precisa sempre comprar roupas novas, usar roupas novas, adquirir os últimos lançamentos.

É possível ter um guarda-roupa elegante e versátil, sem precisar ter centenas de peças. Usar a criatividade e repetir as roupas existentes, com novas combinações e acessórios.

A consultora de estilo pessoal Rachel Helidonis  aposta no conceito de Core Closet.

A consultora de estilo Lorrayne Maia ensina a multiplicar seu guarda-roupa, usando a mesma peça em diferentes composições. 

Ela também tem divulgado o mote “é chique repetir”, mostrando que podemos usar a mesma roupa em diferentes ocasiões. E traz até mesmo o exemplo da duquesa Kate Middleton. 

O post do brechó infantil Casulo Vix fala de nos libertarmos deste padrão de sempre usar roupas novas nos eventos e mostra celebridades que escolheram usar roupas de coleções antigas no tapete vermelho do Oscar. 

Já passou da hora da sociedade mudar essa mentalidade e reduzir seu impacto ambiental, sendo menos escrava da indústria da moda, buscando seu estilo pessoal. A moda dita novos padrões a cada estação, mas o estilo de cada pessoa é único.

UPCYCLING

BRECHÓS

O post da Fashion for Future mostra os diferentes perfis dos consumidores de brechós, segundo pesquisa conduzida por especialistas ingleses.

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Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.

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