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Publicado em 4 de setembro de 2025 às 11:00
Estar solteiro por muito tempo pode trazer conforto, liberdade e autonomia. Mas quando surge a vontade de voltar pro jogo do amor, é comum que apareçam inseguranças, medos e até mesmo dúvidas sobre como dar o primeiro passo. >
Para ajudar a lidar com esse momento, o HZ conversou com o psicólogo e sexólogo Carlos Boechat Machado Filho, especialista em terapia de casais e traumas, que listou os principais obstáculos e deu dicas de como retomar a vida amorosa com leveza.>
Segundo o especialista, o receio de perder a liberdade é o principal fator que trava quem está há muito tempo sem se relacionar. “Muitos temem não poder mais sair com os amigos, fazer o que querem, se sentirem presos ou controlados. É sair de uma situação confortável e entrar em outra que exige abrir espaço para alguém, e isso gera ansiedade”, explica.>
Para o psicólogo, o mais importante é ter clareza sobre o que realmente se busca em uma relação. “A pessoa precisa saber por que quer namorar. Se é apenas para não se sentir sozinho, isso pode ser complicado. É essencial definir objetivos e conhecer bem a pessoa: conversar, trocar mensagens, entender sua história e até observar suas redes sociais”.>
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Os aplicativos de relacionamento podem ser aliados, mas não devem ser a única forma de conhecer pessoas. “Muitos são voltados para sexo casual, mas também existem opções mais sérias, inclusive pagas, que reúnem quem está realmente disposto a investir em um encontro significativo. O ideal é equilibrar entre aplicativos e encontros em outros espaços sociais.” >
Um dos erros mais comuns, segundo o psicólogo, é manter relações apenas na superfície. “Muita gente conhece várias pessoas, mas não se aprofunda. Fica no Instagram, na imagem perfeita, e não busca entender o interior, a essência. Para uma relação dar certo, é preciso se permitir conhecer de verdade.” >
Outro ponto fundamental é aprender com os erros do passado. “Rever expectativas significa avaliar o que deu errado em relações anteriores, entender padrões e não repetir. Não adianta procurar o príncipe encantado ou a mulher perfeita. É preciso buscar alguém real, com quem exista afinidade e reciprocidade.” >
Para quem acha que já não tem idade para viver um novo amor, o especialista é categórico: não existe prazo de validade para amar. “Hoje vemos cada vez mais pessoas mais jovens se relacionando com mais velhas. O importante é estar aberto. O velho é quem desistiu da vida. O idoso quer dançar, se divertir, viver. E pode, sim, encontrar um novo amor.” >
No início de uma relação é natural sentir um turbilhão de emoções. Mas Carlos diferencia os sinais. “A empolgação é positiva, traz energia e alegria. Já a ansiedade é quando você sofre e não dorme, não para de pensar, sente nervosismo constante. É preciso observar se a emoção está te motivando ou te fazendo mal”.>
Para quem teme abrir mão da vida de solteiro, a dica é refletir sobre seus próprios desejos. “Se você está com medo, talvez ainda não saiba o que quer. Mas, se cansou da solidão e deseja algo novo, precisa enfrentar a insegurança. É um aprendizado na prática: olhar nos olhos, se abrir, trocar experiências e permitir-se viver.” >
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