5 fatores de risco para o câncer na bexiga, doença que afeta Paulo Zulu

O câncer de bexiga é o segundo tumor urológico mais incidente entre os homens. Urina com sangue está entre os principais sinais

Paulo Zulu

Paulo Zulu contou que descobriu a doença durante um exame de prevenção. Crédito: Reprodução @Paulozuluoficial

O ator e ex-modelo Paulo Zulu, 59 anos, revelou que passou por uma nova cirurgia para retirar um câncer na bexiga. Ele contou que descobriu a doença durante um exame de prevenção em um hospital em Joinville (SC).  

"Infelizmente, quando eu fiz aquele post do hospital, eu fiz uma prevenção. Na verdade, eu tinha feito uma operação porque foi descoberto um sistema canceroso pequeno na minha bexiga. Já é o segundo. Há dois anos atrás eu tirei outro", disse o ator.

Paulo fez questão de tranquilizar os fãs sobre seu estado de saúde após o procedimento. E disse ainda que a recuperação está indo bem e que sempre levou uma vida saudável. "Não afeta nada a minha vida, porque eu sou super saudável, então, a recuperação é boa. Mas graças eu ter feito essa revisão, através da prevenção, eu consegui detectar em tempo hábil de poder operar e ficar bem". 

FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE BEXIGA

O câncer de bexiga se caracteriza como um tumor maligno que acomete as células que recobrem as paredes internas da bexiga. É o segundo tumor urológico mais incidente entre os homens (em primeiro lugar vem o de próstata). De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2022 as estimativas eram 7.590 novos casos entre os homens e 3.050 entre as mulheres.

FATORES DE RISCO

  • Tabagismo

  • Exposição a componentes químicos

  • Histórico familiar de câncer de bexiga

  • Histórico de radioterapia

  • Uso prolongado do quimioterápico chamado ciclofosfamida.

A oncologista Juliana Alvarenga conta que o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de bexiga é o tabagismo. "Entre 50 a 70% dos casos da doença estão associados ao cigarro. Outro fator de risco importante é a exposição a componentes químicos, que muitas vezes é ocupacional, ou seja, faz parte da rotina de trabalho do indivíduo em setores como indústria têxtil, de tintas e corantes, de metal e de borracha, entre outras".

Sangue na urina, dor durante o ato de urinar e necessidade frequente de urinar, mas sem conseguir fazê-lo, podem ser sinais de alerta de diferentes doenças do aparelho urinário, inclusive do câncer de bexiga. Segundo o médico urologista Danilo Galante, a maioria dos cânceres nesta região são detectados quando há um primeiro episódio de hematúria, isto é, sangramento na urina – que pode ser microscópico (só aparece no exame de urina) e macroscópico, quando visto pelo próprio paciente (urina rosa ou vermelha com coágulos).

"Muitos tumores de bexiga são diagnosticados quando o paciente realiza exames de rotina ou para averiguar outro problema, e acaba descobrindo a doença"

"Muitos tumores de bexiga são diagnosticados quando o paciente realiza exames de rotina ou para averiguar outro problema, e acaba descobrindo a doença"

Danilo Galante

TRATAMENTO

O oncologista Wesley Vargas Moura, do Neon, explica que o tumor se caracteriza por uma multiplicação e disseminação da célula cancerosa. "Os primeiros sintomas geralmente são sangramentos que podem ser visíveis a olho nu ou achados em um exame de urina".

O médico explica que, diante da apresentação clínica do sangramento, a cistoscopia (endoscopia da bexiga) é o exame inicial. "Ela nos possibilita a biópsia do tumor. Os exames de imagem como ultrassom, a tomografia e principalmente a ressonância magnética ajudam a determinar o estágio da doença", diz Wesley Vargas Moura.

As formas de tratamento variam de acordo com o tipo e o estado da doença. Para tumores superficiais, é possível fazer a retirada por via endoscópica, chamada ressecção transuretral. Em outros casos, dependendo da profundidade e da localização do tumor, é possível fazer uma retirada parcial da bexiga, a cistectomia parcial. "Em casos de tumores menores, uma curetagem com quimioterapia intravesical (dentro da bexiga) pode resolver. Em casos mais graves, a indicação é a cirurgia com quimioterapia e radioterapia. Atualmente, a imunoterapia tem sido muito bem usada e com boas respostas", explica Wesley Vargas Moura.

A oncologista Juliana Alvarenga ressalta que não existe exame de rotina para fazer diagnóstico precoce do câncer de bexiga. "Por isso é importante estabelecer um estilo de vida sem fumo e evitar o fumo passivo. Também se recomenda a ingestão abundante de água, principalmente se você tem contato frequente com produtos químicos, pois a alta ingestão de água ajuda a eliminar essas substâncias do organismo, agredindo menos as paredes da bexiga".

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