Publicado em 28 de julho de 2025 às 14:21
Thaís Vaz, atriz que interpretou a personagem Flávinha em "Malhação" no ano de 2004, revelou que perdeu a visão do olho esquerdo após ser vítima de um episódio de violência doméstica.>
O caso, ocorreu quando ela tinha 19 anos, e marcou sua vida pessoal e profissional. Duas décadas depois, ela conta que decidiu transformar a dor em uma peça de teatro para falar sobre relacionamentos abusivos.>
O episódio aconteceu durante um feriado de Carnaval em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Em entrevista à revista Marie Claire, Thaís relatou que estava com amigos e o então namorado quando uma discussão terminou em tragédia. Durante o surto de raiva, ele socou uma janela de vidro, que se partiu e atingiu diretamente o olho da atriz.>
"Ele bateu no vidro, que quebrou com força e atingiu meu olho. Foi tudo muito rápido, uma correria. Nem eu sabia o que tinha acontecido. O impacto formou uma estaca de vidro, que também perfurou o braço dele. Ele sangrou muito", contou.>
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Ambos foram levados ao mesmo hospital, em condições delicadas. Thaís relembra o atendimento frio que recebeu. "Me colocaram numa maca gelada. Fui operada por cinco horas, mas não recuperei a visão. Tive descolamento de retina, catarata traumática, corte na córnea... tudo de pior. No começo ainda enxergava um pouco, mas fui perdendo", explicou.>
Thaís também detalhou como os comportamentos abusivos começaram sutilmente. O controle, segundo ela, aparecia em coisas como ciúmes e censura. "Participei de um desfile de biquíni escondida. Quando ele descobriu, disse: 'Não quero namorada minha desfilando assim'. E foi aí que ele se considerou meu namorado. O pedido de namoro veio nesse tom agressivo.">
Ela descreve o ex como uma pessoa inflexível e dominadora. "Ele era do tipo que sempre achava que estava certo. Mesmo os amigos percebiam o quanto o relacionamento era tóxico. Quando ele vinha com agressividade, eu retrucava, e virava uma briga. Era um ciclo.">
Agora, Thaís prepara a peça "Hiena: o riso sobre o tóxico", inspirada em sua história. O espetáculo, segundo ela, busca falar sobre instinto, sobrevivência e o despertar de mulheres que sofrem abuso.>
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