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Publicado em 9 de junho de 2025 às 14:45
Marisa Maiô, a apresentadora de maiô preto que se tornou sensação nas redes sociais na última semana, é obra de inteligência artificial - e o resultado viral tem dado o que falar. Criada por Raony Phillips, ator e ilustrador carioca, ela utiliza o modelo Veo 3, do Google, para protagonizar um "programa de auditório" fictício que mistura humor ácido e absurdos com uma estética nostálgica que remete a atrações da TV tradicional brasileira. >
Esse tipo de humor irreverente, com piadas rápidas e situações cômicas inusitadas chamou atenção até do Fantástico, neste último domingo (8). Em vídeos curtos - que já acumularam mais de 1,6 milhões de visualizações no X e Instagram - Marisa solta frases cômicas como: “Médica, qual o segredo para não ter mais espinhas?”, “É só parar de ter!”, “Essa foi a inútil da médica!”. >
Teve até mães disputando um bebê para adoção improvisada no palco, refletindo a força da sátira na internet. Mas uma pergunta não quer calar: como funciona a tecnologia está por trás de Marisa?>
Graças ao Veo 3, ferramenta que permite a criação de vídeos ultrarrealistas com base em texto, Marisa fala, expressa emoções e interage como se fosse humana. A tecnologia sincroniza áudio, expressões faciais, trilha sonora e movimento corporal, criando uma personagem convincente em apenas poucos segundos de exibição.>
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Marisa Maiô conquistou o público rapidamente e já virou case de publicidade. A rede Magazine Luiza apostou na personagem para uma campanha de Dia dos Namorados, onde ela aparece promovendo produtos de maneira divertida - e com seu maiô já famoso vindo, inclusive, da própria rede.>
Esse movimento mostra como a IA pode dar origem a celebridades virtuais — e, ao mesmo tempo, agitar debates sobre cultura, autenticidade e os protocolos éticos no uso de "deepfakes".>
O sucesso de Marisa Maiô abre um questionamento: até onde estamos dispostos a aceitar figuras virtuais como parte do entretenimento real? Observadores apontam que estamos em uma fase de convergência entre tecnologia e humanidade, onde uma apresentadora que jamais existiu fisicamente pode se tornar viral.>
Esse fenômeno também revela que as fórmulas clássicas de humor televisivo ainda funcionam — mas com um toque digital que o torna ainda mais provocante: Marisa ignora o politicamente correto, faz humor ácido e rende reflexão sobre a nova cara da mídia.>
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