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Hytalo Santos e o marido são denunciados por tráfico sexual pelo Ministério Público

MP indica exploração sexual de dezenas de vítimas, incluindo crianças e adolescentes

Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 15:29

O influenciador Hytalo Santos se pronuncia após youtuber Felca o acusar de lucrar com exposição sexualizada de adolescentes
Hytalo Santos e o marido são denunciados por tráfico sexual pelo Ministério Público Crédito: Reprodução/Inatagram/Hytalo Santos

O Ministério Público do Trabalho da Paraíba denunciou Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente ou "Euro", por tráfico de pessoas para exploração sexual e submissão a trabalho em condições análogas à escravidão, com dezenas de vítimas, incluindo crianças e adolescentes.

De acordo com a denúncia, Hytalo e Euro aliciaram crianças de famílias humildes em Cajazeiras (PB). Eles abrigaram as crianças e adolescentes na casa do casal em João Pessoa "em uma espécie de arranjo familiar ilícito, que não encontra respaldo na legislação nacional".

O casal comprou o consentimento dos pais das vítimas, pessoas vulneráveis e de baixa instrução. As famílias teriam sido "ludibriadas pela perspectiva ilusória de que seus filhos desfrutariam de segurança financeira e um padrão de vida mais confortável ao lado dos réus.".

Segundo o MP, eles cometeram "múltiplas formas de exploração sexual" contra crianças e adolescentes. O MP destaca que as "crias", como eram chamados os jovens adotados por Hytalo, eram exibidas "seminuas, com trajes sumários e provocativos, protagonizando danças sensualizantes e vexatórias, ao som de letras com alusão explícita a práticas sexuais e depreciativas à figura da mulher.".

As crianças e adolescentes frequentavam "ambientes moralmente tóxicos" e eram submetidas a procedimentos estéticos. As "crias" frequentavam "redutos do crime organizado, onde eram ostentadas como troféus e oferecidas como prêmio em contextos de tráfico de influência, troca de favores, parcerias comerciais e relações de compadrio". O intuito dos sucessivos procedimentos estéticos cirurgias seria "potencializar" o apelo sexual das vítimas.

Testemunhas também relataram que as "crias" eram submetidas a cárcere privado e regime de trabalho análogo a escravidão. Entre as pessoas ouvidas estão ex-assessores e ex-seguranças que afirmaram que as vítimas eram isoladas do convívio familiar, tinham celulares e meios de comunicação confiscados, eram submetidas a um rígido controle de rotina e a uma agenda exaustiva de gravações sem remuneração. Elas também eram coagidas psicologicamente e não tinham gerência sobre suas identidades de gênero e orientações sexuais.

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