Repórter do Divirta-se / [email protected]
Publicado em 9 de novembro de 2021 às 09:00
Não é exagero dizer que Ana Carolina é uma das artistas que mais sentiram falta dos shows no período de isolamento social imposto pela Covid-19. Muito apegada a sua música e ao público, chegou a fazer stories no Instagram dizendo que a saudade dos "carolináticos" (como a mineira chama carinhosamente seus fãs) era tão grande, que estava contando as horas para voltar aos palcos e revê-los. Tudo com muita intensidade, sensação que impulsiona - e motiva - a trajetória da cantora e compositora. >
Para os "carolináticos" capixabas (sei que são muitos), chegou a hora de (finalmente) rever a musa, que se apresenta no próximo sábado (13), a partir das 22h, no Centro de Convenções de Vitória. Em entrevista a "HZ", Ana Carolina explica que a relação de cumplicidade e intimidade com os admiradores é o que lhe move, em todos os sentidos e direções. >
"Repito isso sempre: não há nada do meu trabalho sem os fãs. Trabalho pra eles quando penso numa composição e numa gravação ou quando começo a pensar em um novo show", responde, com a veemência que lhe é peculiar. >
"Tento sempre viajar o máximo que posso pra conseguir chegar ao maior número de pessoas que curtem meu trabalho. Acho que são mais do que combustível, sabe? Realmente, acredito que são a razão de ser disso tudo".>
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No show de Vitória, a cantora promete passear por hits de sua carreira, como "Garganta", "Elevador" e "Quem de nós Dois" e apresentar canções do último álbum, "Fogueira em Alto Mar", além de interpretar sucessos de Rita Lee, Seu Jorge e Guilherme Arantes. Como bônus, uma "pandeirada" com Thiago Anthony e Leo Reis. >
Ana afirma que voltar aos palcos é uma emoção indescritível, pois cantar "olhando nos olhos" da plateia é uma sensação que não consegue mensurar. "Pra mim, o ciclo da música só faz sentido quando acontecem apresentações para o público e posso sentir ali a reação, o calor das pessoas e os fãs cantando juntos", enfatiza.>
Em mais de 20 anos de carreira, Ana Carolina lançou 12 álbuns, seis DVDs e alcançou mais de cinco milhões de discos vendidos. Um número invejável para uma indústria fonográfica cada vez mais em crise. A mineira ganhou sete vezes o Prêmio Multishow de Música Brasileira, três vezes o Troféu Imprensa e uma vez o Prêmio TIM de Música. O primeiro sucesso, "Garganta", viria no primeiro álbum. Depois dele, emplacou cerca de 30 singles nas paradas musicais.>
"Garganta", "Elevador", "Quem de Nós Dois", "Pra Rua Me Levar", "É Isso Aí", "Rosas"... é impossível enumerar os sucessos que embalaram o coração apaixonado dos fãs. "HZ", sem pudor algum, questionou a cantora para saber quais dessas faixas é a mais marcante. Ana viveu seu momento "A Escolha de Sofia" (referência ao filme que deu um Oscar a Meryl Streep, em 1983), tendo que decidir entre um dos "filhos".>
"É difícil apontar uma música que seja mais especial, né (risos)? É como pedir pra mãe escolher um filho predileto. Mas, pensando na sua pergunta, me veio à cabeça a palavra parceria e como elas aconteceram tão lindamente nesses mais de 20 anos de carreira. E, por isso, me veio a história de 'Garganta', que é uma parceria com o meu amigo Antonio Villeroy e foi meu primeiro sucesso. Estava surgindo no circuito e ele apareceu com essa música. Quis gravar na hora e ela estourou. Foi como tudo surgiu, então tenho um carinho muito especial mesmo", responde, sem se esquivar da ingrata pergunta. >
Em recente (e excelente) entrevista ao programa "Hora de Naná", comandado por Naná Karabachian e gravado no Teatro Unimed, Ana Carolina deu declarações muito íntimas à amiga de longa data. Entre elas, afirmou não ser uma pessoa romântica, não, pelo menos, do modo mais tradicional da palavra. Mas como uma mulher que escreve letras tão apaixonadas pode não ser romântica? >
"Eu me diverti demais nessa entrevista com a Naná (risos). Ela é minha melhor amiga e talvez por isso a entrevista tenha sido tão boa e contou com alguns assuntos que eventualmente não tratei ainda publicamente. Sobre o romantismo, acho que é isso mesmo que quis dizer. Eu não sou romântica nesse sentido mais "pegajoso" da palavra, da presença excessiva. Acredito no romantismo de outra forma, com gestos, atitudes e companheirismo. E acho que isso, de alguma forma, trago nas minhas letras também", confessou.>
Por falar em romantismo, questionamos Ana Carolina sobre seu processo criativo. Reflexos, histórias e passagens da vida servem de mão de obra para suas composições?>
"Vem de absolutamente tudo. Da minha rotina, dos meus relacionamentos, das observações que faço das pessoas e das situações. Eu sou mais tímida, mas sou extremamente observadora. Então fico atenta a todas as possibilidades que acontecem na minha frente e o que pode virar música, arte", complementa. Que venham mais dias inspiradores, então, os fãs agradecem!>
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