• Rachel Martins

    Uma jornalista que ama os animais, assim é Rachel Martins. Não é a toa que ela adotou duas gatinhas, a Frida e a Chloé, que são as verdadeiras donas da casa. Escreve semanalmente sobre os benefícios que uma relação como essa é capaz de proporcionar

Quando saber a hora certa de dar banho no gato ou cachorro

Publicado em 07/03/2023 às 08h00
Gato tomando banho

Mesmo diante desse calor e com uma sensação térmica mais elevada, os banhos não são indicados com frequência. Crédito: Pexels

Assim como nós, os humanos, os animais de estimação também sofrem com as altas temperaturas. E pelo jeito o calor ainda vai persistir por um bom tempo. E nesse período sempre aparecem algumas dúvidas sobre como refrescar os nossos pets.

A médica-veterinária Letícia Missagia Motta explica que, no caso dos gatos, os mais calorentos são os de raças peludas, como a Persa, a Angorá, a Ragdoll e a Maine Coon . “Mas mesmo diante desse calor e com uma sensação térmica mais elevada, embora os banhos ajudem a refrescar, não são indicados com frequência. Existem outras formas de fazer isso, como fornecer água fresca, colocar gelo no bebedouro, manter o animal em locais frescos, arejados e com sombra, tosar ou fazer uma tosa higiênica mais ampla na região da barriga”, garante.

Ainda em relação aos felinos, Letícia afirma que alguns ficam muito tranquilos na hora do banho e da secagem, mas a maioria não é assim. “Então, sempre recomendamos os banhos para os gatos com profissionais experientes para que o animal se estresse o mínimo possível, sempre com água morna e com aparelho para secar muito bem os pelos”. Segundo ela, os gatos de pelos mais curtos não precisam tomar banho.

"Eles conseguem se limpar muito bem ao se lamberem. Já os mais peludinhos não conseguem eliminar os pelos mortos e fazer uma boa higienização, então precisam de escovação com mais frequência e banhos também. Mas sempre recomendamos o mínimo possível, e nos dias mais quentes é sempre melhor tentar encontrar outras formas de se refrescar ao invés do banho"

"Eles conseguem se limpar muito bem ao se lamberem. Já os mais peludinhos não conseguem eliminar os pelos mortos e fazer uma boa higienização, então precisam de escovação com mais frequência e banhos também. Mas sempre recomendamos o mínimo possível, e nos dias mais quentes é sempre melhor tentar encontrar outras formas de se refrescar ao invés do banho"

Colunista com sobrenome

Em relação aos gatos idosos, a médica-veterinária ressalta que aqueles com alguma comorbidade que os impeçam de se lamberem e fazerem suas higienizações, o banho se torna recomendável. “Já para os felinos que apresentam problemas de pele, costumamos indicar o banho como parte do tratamento, mas só recomendo para os mais tranquilos, onde a situação não vai gerar um estresse maior do que o benefício. Enfim, para os bichanos sempre propomos o mínimo de banhos possível. É sempre importante usar o bom senso e avaliar se o animal está sujo e não consegue se limpar sozinho”, recomenda.

Pontos positivos e negativos

Agora, quando o assunto são os cães, assim como os gatos, os peludos acabam precisando de banhos com mais frequência. “Mas é bom lembrar que os banhos podem contribuir para a retirada da barreira de proteção natural da pele do animal, além de ressecar a pele e os pelos causando dermatopatias. Por isso, é muito importante avaliar a necessidade e usar produtos adequados para pets”.

A vantagem dos cães, em relação aos gatos, explica Letícia, é que os primeiros, no geral, aceitam melhor situações diferentes na rotina. “Então, um cão mesmo que não seja acostumado com banho, normalmente acaba aceitando mais fácil. Já o gato precisa ser acostumado desde filhote para aceitar melhor a situação quando adulto”, garante.

Segundo ela, não existe uma frequência recomendada para dar banhos em cães e gatos, cada caso é um caso. “Os pontos positivos dos banhos são a limpeza e a eliminação dos pelos mortos, principalmente nos mais peludos. Banhos terapêuticos associados podem reduzir o tempo de tratamento oral e também ajudar a refrescar. Como ponto negativo podemos citar o estresse para os animais que não estão acostumados, principalmente os gatos, e se não forem feitos com produtos adequados podem ressecar a pele e se forem muito frequentes podem retirar a barreira de proteção e a oleosidade natural da pele, podendo desencadear dermatopatias”, alerta.

Letícia afirma que não costuma indicar produtos específicos, a não ser em casos de banhos terapêuticos. “Mas sempre recomendamos banhos com produtos próprios para cães ou gatos, neutros, sem cheiro forte e que também ajudem a hidratar a pele e os pelos. No caso das pessoas que não dispõem do valor para a compra dos mesmos, a dica é usar xampu ou sabonete de glicerina, ou outros neutros, indicados para bebês", deixa a dica.

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Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.

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