• Rachel Martins

    Uma jornalista que ama os animais, assim é Rachel Martins. Não é a toa que ela adotou duas gatinhas, a Frida e a Chloé, que são as verdadeiras donas da casa. Escreve semanalmente sobre os benefícios que uma relação como essa é capaz de proporcionar

Pet não é presente: veja cinco passos para uma adoção responsável

Publicado em 29/10/2025 às 18h30
Cachorro / Presente / Pet

Pets ensinam empatia, cuidado, paciência e respeito para as crianças. Crédito: Shutterstock

A criança vive pedindo um gatinho ou um cachorrinho para os pais. Após muitas insistência, os responsáveis começam a cogitar a possibilidade dessa solicitação e começam a “preparar” a vinda do novo membro da família em uma data especial. Mas antes de transformar o desejo em surpresa, é importante lembrar: pet não é brinquedo.

De acordo com a psicóloga Juliana Sato, especialista em luto pet e comportamento humano, dar um animal de estimação como presente, sem um planejamento, pode trazer consequências sérias.

“O problema é que o gesto parte da emoção do adulto, e não da consciência da criança sobre o que significa cuidar de uma vida."

Quando o pet é recebido como um objeto de consumo, corre o risco de ser visto como brinquedo e, com o tempo, pode sofrer abandono ou negligência

Juliana destaca que a convivência com animais pode, realmente, ser extremamente positiva para o desenvolvimento emocional infantil, mas desde que seja uma escolha consciente e coletiva da família e a criança também entenda o tamanho dessa responsabilidade.

“Os pets ensinam empatia, cuidado, paciência e respeito. Eles ajudam a reduzir a ansiedade, melhorar a autoestima e estimular habilidades sociais. Mas é necessário ter em mente que o aprendizado vem do exemplo e do acompanhamento dos pais”, ressalta.

Como se preparar para ter um gato em casa

Como se preparar para ter um gato em casa. Crédito: Shutterstock

Juliana reforça que se a intenção é apenas presentear, a dica para os pais é optar por brinquedos, livros ou experiências educativas. “O pet pode vir depois, quando todos estiverem prontos para acolher uma nova vida”, complementa.

Confira as dicas da psicóloga para famílias que pensam em adotar um pet:

  • Planeje em família: A chegada de um animal deve ser uma decisão conjunta. Avaliem se a casa tem estrutura, se todos estão de acordo e se haverá tempo e recursos para cuidar do bichinho.

  • Espere o momento certo: Não existe idade mágica, mas a partir dos 7 ou 8 anos a criança já entende regras e pode assumir pequenas responsabilidades. Ainda assim, o pet é da família e não da criança.

  • Ensine com o exemplo: Crianças aprendem muito mais observando. Pais que cuidam do animal com carinho e constância inspiram a mesma postura nos filhos.

  • Crie rotinas de cuidado: Definir tarefas simples ajuda a formar o senso de responsabilidade: trocar a água, recolher brinquedos, escovar o pelo. Quadros visuais (checklists) podem ajudar a manter a rotina.

  • Fale sobre o ciclo da vida: Ter um animal é também lidar com alegrias, perdas e frustrações. Conversar sobre isso fortalece o vínculo e desenvolve maturidade emocional.

  • Reflita antes da adoção: Um pet vive, em média, de 10 a 20 anos. Adotar é um compromisso duradouro e não deve ser motivado pela empolgação de uma data comemorativa.

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Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.

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