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Publicado em 27 de agosto de 2022 às 09:00
Que a moda é cíclica, é um fato. O vintage sempre volta aos holofotes e as pessoas aproveitam para tirar o que guardou no armário ou ir atrás das peças para completarem o look do momento. Com a onda da moda sustentável e até mesmo dos tempos de crise econômica, os brechós e bazares voltam a ganhar espaço.>
E é um filão tão grande que até as gigantes do varejo como a Renner entraram na onda. A rede comprou a startup Repassa, um marketplace de roupas usadas, em julho do ano passado. Além disso, apps como Enjoei e Gira caíram no gosto das pessoas mais antenadas, que vendem o que não cabe mais no guarda-roupa e compram novas peças a preços mais acessíveis.>
Se você é da vibe de ver, vestir e provar, saiba que tem muitas opções na Grande Vitória, que registram aumento da procura uma vez que o público mudou a forma de pensar sobre o negócio. “Teve muito preconceito no início. As pessoas falavam: ‘Nossa, mas peça usada?’, já tinha uma impressão de roupa velha, com mancha e bolinha. Eu digo que foi um trabalho de formiguinha para mudar o conceito na cabeça das pessoas”, afirmou Laura Murad, proprietária do Bazar e Brechó Le Petit, no Centro de Vitória.>
A atriz Letícia de Sá contou que é uma das que mudou a cabeça em relação aos bazares e brechós a ponto de se considerar uma "brecholeira". "Brecholeira é uma pessoa que costuma frequentar bastante brechós. Eu diria que para se considerar uma 'brecholeira' é preciso ter um guarda-roupa com 80% de peças só de brechó. E quando a gente se torna uma 'brecholeira' é um caminho sem volta (risos)”, disse Letícia.>
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A turma que se preocupa com a procedência das peças e tem um certo receio a ter uma peça usada pode ficar tranquila. Rose Teixeira, dona de um brechó na Rua 7, no Centro de Vitória, garante que tudo que está à venda em seu estabelecimento passa por uma triagem antes de ser exposto. >
“Quando a gente pega uma roupa, fazemos o processo de lavagem e depois colocamos em um intenso cuidado. É muito comum encontrar peças boas, porém com alguns defeitos. Nesse caso, eu tento dar uma nova vida para a peça, seja customizando ou tingido, por exemplo”, contou Rose.>
Na mesma onda da internet, os bazares físicos também fazem o trabalho de revenda para algumas clientes, abrindo mais uma oportunidade de aumentar a renda. No esquema ‘consignado’, as parceiras colocam as roupas no espaço - mediante aprovação do proprietário - e, caso a peça venda, ambas ganham uma porcentagem sobre o valor.>
"Temos mais de 200 parceiras aqui. Geralmente elas me procuram no Instagram e mandam uma foto da peça para ser aprovada. Se a gente gostar, vamos ficar com o item de três a seis meses. Caso a peça seja vendida, todos ganham uma porcentagem, mas se não for nós devolvemos para o dono", reforçou Laura. >
Gostou da iniciativa e quer uma ajudinha de onde encontrar alguns brechós na Grande Vitória? "HZ' listou 5 espaços para se aventurar no mundo da moda econômica.>
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