Mostra itinerante "Família Pomerana" acontece em Santa Teresa

A exposição, que exibe uma seleção de imagens produzidas pelo fotógrafo Francisco Seibel, entre as décadas de 1930 e 1960, acontece até 31 de dezembro

Mostra “Família pomerana: fotografias 1930-1960

Mostra “Família pomerana: fotografias 1930-1960" acontece até  o dia 31 de dezembro. Crédito: Divulgação/ Francisco Seibel

O Instituto Nacional da Mata Atlântica, em Santa Teresa, recebe a Mostra Itinerante “Família pomerana: fotografias 1930-1960" de hoje (25 de novembro) até 31 de dezembro. A mostra exibe uma seleção de imagens produzidas pelo fotógrafo Francisco Seibel, entre as décadas de 1930 e 1960.

Os conteúdos dessas fotos suscitam diferentes contextos simbólicos, sociais e políticos e convidam a nos entranharmos nesse amplo universo, muito específico e original, sendo a fotografia pomerana no Espírito Santo. O enfoque é trazer a reflexão do papel que têm os retratos de família, que associam o documental com o estético, para a história da fotografia local, nacional e para a memória e identidade do Estado do Espírito Santo.

Paralelo a mostra serão realizadas ações educativas como as oficinas “Aproximação ao patrimônio fotográfico”; “A arte de olhar para criar” e “Brincando com a fotografia”.

Um dos objetivos do projeto é contribuir para a reflexão sobre a importância e valorização do patrimônio fotográfico local. Suas ações pretendem provocar, nos diferentes públicos, a ideia de que conservar e difundir o patrimônio fotográfico é mais que contribuir para a perpetuação de imagens que documentam memórias e história local. 

RETRATOS DE FAMÍLIA

A mostra é um pequeno recorte de um amplo universo de imagens fotográficas que são comuns em quase todos os lares pomeranos e se encontram guardadas em pequenas latas, caixas e baús, preservadas às vezes como relíquias preciosas ou simplesmente povoando e decorando as paredes das casas. São, antes de tudo, uma homenagem e uma recordação afetuosa dos filhos, amigos, pais e avós ausentes.

Essa relação dos pomeranos com a imagem fotográfica parece não ser tardia. Inicia-se com as imagens trazidas dos parentes que ficaram na terra de origem e com as fotografias realizadas dos primeiros imigrantes que por aqui chegaram, e se amplia, principalmente, com as imagens do início do século XX, as das primeiras gerações que nasceram em solo capixaba.

Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel

Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel. Francisco Seibel/Divulgação
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel. Francisco Seibel/Divulgação
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel. Francisco Seibel/Divulgação
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel. Francisco Seibel/Divulgação
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel. Francisco Seibel/Divulgação
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel
Mostra “Família pomerana: Fotografias 1930-1960”, de Francisco Seibel

Essas fotos se tornam um instrumento de lembrar que contribui para o exercício de recriar mentalmente o passado, relembrar as pessoas, os fatos, os momentos vividos que, mesmo não podendo ser trazidos totalmente de volta, refazem e recarregam os valores e costumes de uma época.

É importante considerar que as fotografias de famílias exibidas na mostra são, sobretudo, resultado de um olhar sobre uma realidade, um mundo, um grupo de objetos e pessoas que combinam o documental com o estético. Assim, tanto os interessados pela formação étnica do Estado e sua diversidade cultural, quanto aqueles que apreciam a estética fotográfica encontrarão nesta mostra diferentes conteúdos em relação a esses dois universos.

Os retratos de família de Francisco Seibel são imagens paradoxais, simples em sua realização, sem nenhuma idealização e, em simultâneo, trazem uma profunda carga expressiva e rica em conteúdos e implicações. Suas imagens, sem dúvida, celebram a heterogeneidade e as diferentes qualidades formais da prática fotográfica. É interessante chamar a atenção para a originalidade dessas fotografias de famílias que reside no fato de que elas exibem uma característica peculiar muito própria da história da fotografia do Espírito Santo: são registros de um universo rural de descendentes de imigrantes pomeranos.

VISITAÇÃO

  • Instituto Nacional da Mata Atlântica - Avenida José Ruschi, 04, Centro, Santa Teresa, ES
  • 25 de novembro a 31 de dezembro de 2021. De terça a domingo, das 8h30 às 16h

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