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Publicado em 9 de dezembro de 2022 às 14:30
"Uma noite no Museu". Não estamos falando da trilogia cinematográfica dos anos 2000, mas sim de uma verdadeira visita noturna em um lugar carregado de história. Visando comemorar o aniversário do naturalista e fundador do Museu Mello Leitão, Augusto Ruschi, o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) promove a atividade "Uma Noite no Museu" neste sábado (10), com entrada franca, a partir das 18h, em Santa Teresa, região Norte do Estado.>
A proposta do circuito é ser um momento de observação e silêncio, ideal para os fãs do mundo animal e da vida noturna das espécies. Alba Lívia, assessora do INMA, explica que a ideia surgiu baseada na curiosidade do público somada ao aniversário de Ruschi, falecido em 1986, que completaria 107 anos em 2022. >
"Nós imaginamos que haja uma curiosidade das pessoas de observar o parque à noite, sem iluminação e com um ambiente natural, aproveitando o gancho do aniversário de Augusto e falar de uma versão menos popular dele", comenta. >
O naturalista Augusto Ruschi é considerado o patrono da Ecologia no Brasil. Nascido na "Doce Terra dos Colibris", como Santa Teresa é chamada carinhosamente, o pesquisador era um fascinado por Biologia e se formou em Agronomia. O naturalista é famoso por seus estudos com beija-flores e orquídeas e, na década de 1950, se dedicou intensivamente à fauna de morcegos do ES.>
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Em 1949, Ruschi fundou o Museu de Biologia Prof. Mello Leitão, que obteve uma projeção mundial. O INMA - que promove o circuito noturno - é uma unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que executa a gestão do Museu. >
O trajeto proposto por "Uma Noite no Museu" pode ser considerado uma grande volta ao centro histórico. "Nós receberemos os visitantes na entrada, em grupos pequenos, que serão conduzidos pelos pesquisadores do INMA. Além disso, fazemos uma parada na área de vivências do Museu", diz Alba. >
A visitação se estende para um jardim rupestre com várias espécies de plantas e lago artificial onde anfíbios - como sapos - vivem, com intenção de observá-los em sua cantoria noturna. Após esse momento, os visitantes caminharão pelo parque para tentar observar corujas. "Vamos pôr o som da coruja no próprio celular e esperar a resposta do animal, com intenção de observar a vida desses animais durante a noite", completa a assessora. >
E a aventura não para por aí! O Museu ainda conta com viveiros e serpentários, que estão incluídos na rota da visitação. Por último, os visitantes seguem para a casa dentro do parque - onde Augusto morou -, um ponto de observação dos beija-flores, com bebedouros para as aves que, durante a noite, os morcegos costumam frequentar. >
Nesse momento, será discutido sobre as zoonoses, doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas – como a raiva – e uma observação aprofundada da fauna noturna. Para completar a aventura, os visitantes poderão observar a famosa planta Trombeta de Anjo, considerada uma espécie extinta da natureza, e conhecida por ser altamente tóxica. >
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