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Síndico profissional: saiba quando é a hora certa do condomínio contratar esse serviço

Síndico profissional: saiba quando é a hora certa do condomínio contratar esse serviço

Profissional dedicado exclusivamente à administração é um diferencial na gestão condominial e pode ajudar a trazer benefícios e valorização para o imóvel; mas é preciso atenção em alguns detalhes

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 17:15

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Coluna Metro Quadrado
A administração de condomínios  pode exigir profissionais qualificados para a atividade. (Freepik)
Breno Alexandre
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Administrar as áreas comuns, fiscalizar as finanças e fazer cumprir a legislação e convenção dos condomínios são tarefas que fazem parte da função do síndico. A tarefa é semelhante a cuidar de uma pequena cidade, onde cada detalhe importa. E como em toda a administração, pode ser necessário cuidado e atenção especializados para o desenvolvimento do condomínio.

Para escolher o “capitão do navio” é realizada uma assembleia, na qual os condôminos elegem o responsável pelas atribuições previstas. O escolhido pode ser um morador ou um profissional externo contratado exclusivamente para se dedicar às atividades de gestão. Essa decisão deve ser tomada com base no que se espera para o futuro do condomínio.

E quando é o momento certo para optar por um síndico profissional ao invés de um morador do prédio? Especialistas consultados  por Hub Imobi aconselham a realizar essa troca ou opção quando o condomínio está em uma fase de crescimento ou se os moradores acreditam que a gestão profissional pode trazer benefícios e valorização para o imóvel. O momento ideal para fazer essa escolha é quando os moradores entendem que a necessidade de cuidado e atenção especializados podem ajudar a prosperar o condomínio.

Quando o morador começar a notar que as questões administrativas estão se tornando mais complexas, como no controle financeiro ou em projetos de manutenção e reforma, é um sinal claro de que a gestão por um especialista é necessária.

Síndico morador X profissional: quais as diferenças?

O síndico morador pode oferecer uma abordagem mais pessoal e direta, conhecendo os residentes e as questões cotidianas do local. Por outro lado, essa proximidade pode levar a decisões mais subjetivas ou influenciadas por relações pessoais.

Já o síndico externo traz uma abordagem técnica e especializada, com conhecimento aprofundado sobre as leis e regulamentos que regem a gestão condominial. Além disso, essa escolha favorece uma administração imparcial e objetiva, livre de influências pessoais ou conflitos de interesse, o que pode ser fundamental para uma gestão eficiente e transparente do condomínio.

O grande diferencial dos síndicos profissionais é a dedicação total à administração do condomínio. A advogada e síndica profissional Ana Paula Dalleprani destaca que a atuação é de um especialista que entende as necessidades e dá a garantia de um exercício técnico por alguém que se aprimorou.

Aspas de citação

Esse profissional traz um conhecimento aprofundado sobre a administração de condomínios, sabendo exatamente o que é legal e o que não é, e como manter tudo funcionando de maneira eficiente. Além disso, por não morar no condomínio, ele consegue tomar decisões de forma imparcial, pensando no que é melhor para todos, evitando qualquer favoritismo.

Ana Paula Dalleprani
Advogada e síndica profissional
Aspas de citação

Essa imparcialidade é necessária principalmente quando surgem conflitos entre os moradores, pois com a experiência, é possível resolver essas situações de forma justa e tranquila.

Outro ponto de destaque do síndico externo é a dedicação total à administração do condomínio. O advogado e síndico profissional Vitor Lyrio ressalta que o mundo está passando por uma revolução no mundo condominial. “O síndico morador está cada vez mais ocupado. As funções diárias acabam sobrecarregando e as pessoas não conseguem assumir a gestão devido ao número de funções que precisam ser desempenhadas”, afirma.

O advogado afirma que a tendência no Espírito Santo é seguir os outros Estados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, onde a atuação profissional representa um percentual maior.

Como escolher o síndico

É essencial escolher uma pessoa que conheça bem as leis e as regras do condomínio, tenha boa comunicação e habilidade com números, para que as finanças fiquem em ordem e sejam transparentes. Também é importante considerar se o estilo e os valores do síndico estão alinhados com a cultura do seu condomínio, já que cada lugar tem seu próprio ambiente e expectativas.

Ao considerar um síndico profissional, a advogada Ana Paula Dalleprani pontua que é essencial avaliar as experiências e qualificações anteriores, especialmente em relação a condomínios semelhantes ao seu. Além disso, é importante verificar as referências, conversando com outros condomínios que já foram geridos por ele para ter uma ideia mais clara do seu estilo de trabalho e eficácia.

O advogado Vitor Lyrio lembra que a profissão não é regulamentada, mas a formação em áreas afins, como administração, ciências contábeis, direito ou arquitetura são essenciais para um nível mínimo de conhecimento. “Antigamente, ser honesto e fazer o pagamento de forma adequada era suficiente. Hoje em dia é necessário que tenha mais conhecimentos na área de administração e normas técnicas”, conta.

Para sugerir a atuação de um síndico externo, o morador pode solicitar orçamentos de empresas meses antes da assembleia de eleição, prevista no regimento. Além disso, é indicado convidar o profissional para apresentar as propostas na reunião. Assim, os moradores podem escolher qual modelo mais se encaixa para a situação em questão.

*Breno Alexandre é aluno do 26º Curso de Residência em Jornalismo. Este conteúdo teve orientação e supervisão da editora adjunta do Estúdio Gazeta e Karine Nobre.

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