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Jogadores acusados de estupro prestam esclarecimentos à Polícia Civil

Jogadores acusados de estupro prestam esclarecimentos à Polícia Civil

Dois acusados de estupro por uma mulher de 27 anos, são investigados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. O terceiro acusado, um atleta argentino, teria deixado o Brasil

Publicado em 5 de outubro de 2022 às 15:03

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João Diogo prestou depoimento na segunda-feira (3)
João Diogo prestou depoimento na segunda-feira (3). (Laura Rocha / G1)
João Barbosa
Estagiário / [email protected]

Os atletas denunciados por estupro por uma mulher de 27 anos no Rio de Janeiro, já prestaram esclarecimentos à Polícia Civil (PC), ainda na Capital Carioca.

O argentino Alexis Lucas Delgado, Eduardo Hatamoto e João Diogo são acusados por Alcimara Ventura por tê-la violentado entre a noite do dia 25 e a madrugada do dia 26 de setembro.

Ela afirma que consentiu ter relações sexuais com Lucas Delgado, mas após chegar ao hotel onde ele estava hospedado, o atleta não fez o uso de preservativo quando se relacionou com ela - a vítima teria insistido para que ele usasse preservativo, mas o jogador forçou a relação sem proteção. Na sequência, enquanto ela estava no banho, os colegas de clube, Eduardo e João Diogo, foram até o quarto e teriam alisado seu corpo, além de forçarem relações com ela. Alcimara negou as investidas dos jogadores e teria sido agredida no quarto, além de ter levado uma mordida no seio.

Imagens de câmera de segurança mostram a atividade no corredor do hotel, e mostram o momento em que Alcimara sai do quarto pela primeira vez, quando Hatamoto a segue e a leva para outro quarto, onde ficaram por cerca de sete minutos. Na sequência, a vítima deixou o local sozinha.

SEQUÊNCIA DE DEPOIMENTOS

João Diogo Jennings, de 23 anos, prestou depoimento na tarde de segunda-feira (3) na 4ª DP, em Praça da República, Centro do Rio, onde o caso foi registrado. De acordo com informações do g1 Rio, o atleta ficou no DP por cerca de duas horas e não falou com a imprensa. “Ele é inocente. Ele está aqui por livre e espontânea vontade para comprovar a inocência dele”, disse a advogada de João, Graciele Queiroz.

Em troca de mensagens por aplicativo de texto com a reportagem do g1 Rio, a advogada afirma que documentos foram anexados à investigação para colaborar com o prosseguimento do caso.

Mensagem da advogada Graciele Queiroz enviada para a reportagem do g1
Mensagem da advogada Graciele Queiroz enviada para a reportagem do g1. (Reprodução / G1)

Já Eduardo Hatamoto, de 19 anos, esteve na delegacia na tarde de terça-feira (4) e também prestou esclarecimentos. O depoimento de Hatamoto durou mais de duas horas e ele também não quis falar com a imprensa presente no local. Hatamoto seria o autor da mordida no seio direito de Alcimara, que saiu chorando do quarto após o ato. Ele ainda seguiu a vítima pelo corredor e a levou para outro quarto antes dela deixar o hotel.

Seio da vítima foi mordido por jogador do Botafogo-SP quando ela negou as relações sexuais
Seio da vítima foi mordido por jogador do Botafogo-SP quando ela negou as relações sexuais. (Reprodução/Twitter)

ARGENTINO PODE TER DEIXADO O BRASIL

Alexis Lucas Delgado, o argentino de 27 anos, teve seu contrato rescindido com o Botafogo-SP assim que o clube teve conhecimento do caso. Ele é o responsável por levar Alcimara até o hotel e forçou relações sexuais com ela sem o uso de preservativos.

A 4ª DP diz não ter previsão de quando poderá ouvir o atleta. Mas a Polícia Civil está comparando os depoimentos de Eduardo Hatamoto e João Diogo, somados as provas colhidas e as imagens das câmeras de segurança, a previsão da PC é que o caso seja concluído até sexta-feira (7).

CLUBE NÃO ENCERROU CONTRATO COM OS OUTROS ACUSADOS

Após tomar ciência da denúncia contra os atletas, o Botafogo de Ribeirão Preto encerrou o contrato com o atacante argentino Lucas Delgado, mas, em nota, disse que aguardará a conclusão das investigações para decidir quais outras atitudes serão tomadas sobre Eduardo e João Diogo. Até então, o clube só teria aplicado “punição por infração disciplinar” aos jogadores.

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