Publicado em 12 de outubro de 2023 às 23:57
A seleção brasileira teve uma atuação decepcionante nesta quinta-feira (12) diante da Venezuela, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. Jogando na Arena Pantanal, em Cuiabá, os comandados de Fernando Diniz criaram pouco, mostraram desentrosamento e permitiram uma reação venezuelana nos últimos minutos. Gabriel Magalhães, de cabeça, colocou o Brasil em vantagem, mas Bello anotou um golaço e impôs o empate por 1 a 1. >
Assim como no duelo anterior, com o Peru, a bola parada teve o potencial de decidir o resultado em favor do Brasil, mas dessa vez a falta de eficácia e a defesa dispersa fizeram com que a seleção saísse de campo com um tropeço diante de uma das equipes mais fracas destas Eliminatórias.>
É o primeiro resultado diferente de vitória da seleção sob o comando do técnico Fernando Diniz. O resultado faz o Brasil perder a liderança da competição para a Argentina, única com 100% de aproveitamento. Neymar se esforçou para levar cartão amarelo em mais uma atuação fraca e em total descompasso com Vinicius Júnior, outro craque que pouco mostrou em campo.>
A seleção brasileira começou o duelo a todo vapor. Neymar trouxe os holofotes da Arena Pantanal para si, com jogadas plásticas e fome de gol. No entanto, erros de passe complicaram a produtividade ofensiva do Brasil. Na bola parada, o time de Diniz levou mais perigo, mas ficou longe de apresentar o futebol que se esperava da equipe completa, com Vini Jr., Neymar e Rodrygo como grandes estrelas.>
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A pressa, incompreensível e desnecessária a essa altura do campeonato, foi um nítido complicador no primeiro tempo. A seleção se mostrou descoordenada: acelerava quando deveria ter paciência, diminuía o ritmo no momento que precisa ser mais ágil e incisiva.>
O Brasil não soube desencaixar a firme marcação venezuelana. A equipe "vinotinto" se fechava em uma linha de cinco ou seis jogadores e tentava encontrar espaço no contragolpe. A falta de eficiência da seleção deixou os nervos à flor da pele. Richarlison e Neymar estavam exaltados com atletas da Venezuela e o árbitro peruano.>
Com a Venezuela retrancada, havia necessidade de Arana e Danilo se apresentarem em uma linha mais ofensiva para criar superioridade numérica, fazer triangulações e tirar o conforto da defesa visitante. No entanto, não se viu uma movimentação em consonância com o que o Brasil precisava para balançar as redes>
As laterais foram uma pedra no sapato para Diniz nessa Data Fifa Dos quatro convocados originalmente, três foram cortados. O quarto se machucou durante o jogo desta quinta. Danilo, que não fazia boa partida, saiu de campo ainda na etapa inaugural após sentir uma lesão, dando lugar ao estreante Yan Couto, de 21 anos>
Na volta do intervalo, o Brasil, antes mesmo de apresentar soluções para os problemas detectados na primeira parte, inaugurou o placar aos 5 minutos. Em cobrança de escanteio de Neymar, o zagueiro Gabriel Magalhães subiu de cabeça para balançar a rede do gol defendido por Rafael Romo.>
Com o placar desfavorável, a Venezuela precisou se soltar mais, dando mais espaço para os atacantes do Brasil criarem. A seleção brasileira perdeu chances sequenciais, mas os visitante também levaram perigo a Éderson. Estático, Richarlison não ajudou muito e foi substituído por Gabriel Jesus. A posição de centroavante é uma que Diniz precisa revisitar e testar novos atletas.>
Os venezuelanos continuaram apostando na bola parada, e os brasileiros, no contra-ataque. Soteldo, do Santos, deu outro ritmo para a Venezuela e protagonizou as principais tentativas de ataque pela ponta esquerda.>
A insistência dos visitantes fez efeito. A marcação frouxa de Gerson permitiu que Savarino encontrasse Bello na grande área. Ele emendou uma puxeta e fez um golaço para decretar o empate em Cuiabá, aos 40 minutos.>
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