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Crime em Vargem Alta: sogra nega que filho tenha traído Thamires

Crime em Vargem Alta: sogra nega que filho tenha traído Thamires

A suposta traição foi relatada em depoimento à polícia prestado por Sulamita (mais conhecida como Sula) e sua filha Flávia Almeida, presas por suspeita de envolvimento no crime. Sogra da vítima afirma que o objetivo é desviar rumos da investigação

Publicado em 15 de dezembro de 2019 às 12:49

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assassinato da agricultora Thamires Lorençoni, no último dia 30, em Vargem alta, não foi motivado por uma traição. Quem garante é Rosa Batista, sogra da vítima. Segundo ela, as afirmações feitas contra o seu filho, Gedson Batista, não passam de "calúnia".

A suposta traição foi relatada em depoimento prestado à polícia por Sulamita (mais conhecida como Sula) e sua filha Flávia Almeida, presas por suspeita de envolvimento no crime. Elas confessaram ter contratado pistoleiros, mas apenas para "dar um susto" na agricultora. Flavia informou ainda que tinha um caso com o marido da vítima, Gedson.

A sogra da vítima questiona a versão apresentada em depoimento por Sula e Flávia. "Essa história está muito mal contada. Para a gente é conversa fiada, uma mentira, porque se contrataram pistoleiro queriam era matar ela mesmo", observa Rosa.

Thamires Mendes, agricultora assassinada em Vargem Alta. (Arquivo da família)

Ela garante ainda que o seu filho, Gedson, não tinha um caso com Flávia, como foi afirmado em depoimento. "O Gedson nunca teve caso com ninguém, sempre foi casado e fiel. É informação para disfarçar o crime. Ela (Flávia) talvez queria que tivesse acontecido algo, mas nunca houve nada", afirma a sogra.

SOFRIMENTO MOTIVOU CONTRATAÇÃO DE PISTOLEIROS

O advogado de defesa de Sula e Flávia, José Carlos Silva, acompanhou o depoimento prestado por elas na quinta-feira (12). Ele narrou para A Gazeta que Flávia havia confirmado ao delegado Rafael Amaral, que conduz as investigações, que tinha um relacionamento com o marido de Thamires mesmo ele estando casado.

“Ela fala que ele queria que fosse escondido e que ele dava esperança de separar da Thamires e assumir o relacionamento com ela. Ela relatou que ele a ameaçava e, na hora que ele quisesse, ela tinha que aparecer", diz o advogado.

Sula Almeida e a filha Flavia Almeida são suspeitas de tramar morte de agricultora. (Fotos: Reprodução Facebook)

Mãe e filha contaram que pagaram R$ 1.500 para que criminosos assustassem a Thamires. O objetivo, segundo o advogado, era que ela entendesse que estava gerando problemas, devido ao sofrimento da Flávia, que tinha um relacionamento escondido com o marido de Thamires.

“No depoimento, elas disseram que em nenhum momento falaram em matar ninguém e que a ideia surgiu em função do sofrimento da Flávia, que vinha sendo ameaçada pela Thamires e pelo marido. A Flávia conta, inclusive, que ele, recentemente, fez ela passar uma vergonha, a desmoralizando na frente de todo mundo, em um bar em Vila Maria. Também falou que, por duas ou três vezes, a Thamires jogou a moto em cima dela, lá em Vila Maria”, relatou o advogado.

Sula e Flávia estão detidas desde o dia 5 em um presídio em Cachoeiro de Itapemirim, mas em celas diferentes. Até sexta-feira (13), os pistoleiros ainda não tinham sido localizados pela polícia. A reportagem tentou contato com o delegado Rafael Amaral, mas não teve sucesso.

RELEMBRE: AGRICULTORA FOI MORTA NA FRENTE DO MARIDO

O crime aconteceu no último dia 30 de novembro. A vítima e o marido estavam em um caminhão, voltando para Santana, zona rural de Vargem Alta, onde moravam, quando um carro os interceptou na estrada. Imagens da câmera de videomonitoramento de um estabelecimento às margens da rodovia ES 164, que liga Cachoeiro de Itapemirim a Vargem Alta, mostram um carro branco, em que estavam os executores, entrando, às 14h29m25s, na frente do caminhão que era dirigido pelo marido de Thamires.

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A versão inicial era de que ela teria sido morta durante uma tentativa de assalto. No entanto, o caso passou a ser tratado como homicídio pela Polícia Civil. As imagens enfraquecem a versão de que Thamires teria sido morta por ter corrido ao ver os criminosos, já que os executores avançaram em direção a ela.

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