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Com ponte levada pela chuva, crianças se arriscam em rio para ir à escola no ES

Com ponte levada pela chuva, crianças se arriscam em rio para ir à escola no ES

O trajeto foi feito nesta segunda-feira (9), quando as aulas foram retomadas no município

Publicado em 10 de março de 2020 às 13:17

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Com ponte caída, crianças atravessam rio para estudar. (Reprodução)

As aulas em Iconha, no Sul do Espírito Santo, tinham sido suspensas no início do mês de março, devido às chuvas que atingiram o município, e só foram retomadas nesta segunda-feira (9). No entanto, para alguns moradores do bairro Bom Destino, o primeiro dia de aula foi com um obstáculo bem desafiador.

No vídeo, enviado por um internauta de A Gazeta, é possível ver os alunos passando dentro do rio, onde antes havia a ponte de Bom Destino. A primeira estrutura foi derrubada pela enchente de janeiro e a segunda, que era a ponte provisória, foi destruída pelas chuvas de março.

A mãe de um aluno contou que o outro caminho para as crianças chegarem à escola demora mais de 40 minutos e elas estão sem transporte escolar.

PREFEITURA DE ICONHA

A Prefeitura de Iconha informou que essa ponte em Bom Destino foi uma obra assumida para ser feita pelo governo do Estado e confirmou que o acesso provisório que havia sido feito também foi levado pela enchente da semana passada. A prefeitura buscou uma empresa para fazer o serviço e ele está programado para esta terça-feira.

Sobre o transporte escolar, a prefeitura disse que o carro teve problemas mecânicos e, por isso, não buscou os alunos, mas a prefeitura está providenciando a substituição do veículo.

Não há catástrofe prévia que justifique tanto descaso

As imagens são mais uma peça a formar o caleidoscópio das grandes calamidades cotidianas que assolam a população brasileira. E não há catástrofe prévia que justifique tanto descaso. Todos entendem que Iconha ainda sofre as consequências das chuvas. Mas alguma solução, qualquer que fosse, deveria ter sido encontrada com a proximidade do início das aulas, na segunda-feira (09). A prefeitura diz que a responsabilidade da reconstrução é do governo estadual, mas o que importa é o resultado visível da omissão estatal: crianças em risco, escalando as carcaças da ponte e atravessando o rio a pé. Ao menos o transporte escolar deveria ter sido disponibilizado, em caráter emergencial, para esses alunos. Nesta terça-feira (10), as providências começaram a ser tomadas, com a construção de uma travessia provisória. Tardiamente.

Opinião da Gazeta

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