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Justiça determina afastamento do vereador Patrick do Gás, de Viana

Justiça determina afastamento do vereador Patrick do Gás, de Viana

Acusado de ficar com parte dos salários dos próprios servidores, parlamentar do PDT já havia sido condenado em processo criminal à perda do cargo. Caso é de 2014

Publicado em 2 de abril de 2019 às 19:01

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Patrick do Gás (PDT) é vereador de Viana. (Reprodução/Câmara)

A Justiça determinou o afastamento do vereador Patrick Hernane Freitas Oliveira, o Patrick do Gás (PDT), da Câmara de Viana. A decisão do juiz Rafael Calmon Rangel, da Vara Cível e Comercial da cidade, é da última sexta-feira (29) e atende a pedido do Ministério Público Estadual (MPES). Apesar do afastamento, por enquanto, o salário do parlamentar, de cerca de R$ 5 mil, está mantido.

O vereador responde a processos pelos crimes de peculato, concussão e corrupção passiva. Segundo a investigação do MPES, o vereador nomeou funcionários que não trabalhavam e exigia deles parte dos salários pagos, esquema conhecido como rachid. Patrick do Gás, que já foi condenado à prisão em 2015, também já havia sofrido afastamento das funções. Os processos são de 2014.

O magistrado explicou na decisão que o processo da área criminal já teve seu "acórdão confirmatório proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado". Essa condenação também havia determinado a perda do cargo. Com base na atualização do processo criminal, o MPES, na área cível, voltou a pedir o afastamento cautelar do vereador. E a solicitação foi atendida pelo juiz de Viana. A defesa informou que recorre da condenação na esfera penal junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

ESQUEMA CRIMINOSO

"Não bastasse a existência desse julgado, a prova documental e documentada constante dos anexos, por si só, seria robusta o suficiente para que este juízo chegasse à conclusão de que, ao menos a título precário, (o vereador) deveria ser afastado do exercício de suas funções (...) os elementos lá contidos indicam que, em vez de fiscalizar a destinação de bens e rendas públicas, fazia justamente o contrário: liderava um esquema criminoso por meio do qual efetuava cobrança de valores dos assessores por ele próprio nomeados, para que permanecessem no cargo público ao qual haviam sido nomeados", diz o magistrado.

SEM NOTIFICAÇÃO

A Procuradoria da Câmara de Viana informou que ainda não foi oficialmente informada sobre a decisão de sexta-feira. Quando for, dará ciência ao vereador sobre os termos e iniciará uma análise dos procedimentos a serem adotados em seguida, como a necessidade de convocar ou não um suplente.

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O vereador Patrick do Gás não atendeu às ligações da reportagem. O advogado que representa o parlamentar no processo, Flávio Cheim Jorge, informou saber da existência da decisão, mas que ainda não foi intimado. Por isso, ainda não conhece o teor da decisão e não tem condições de fazer comentários específicos a respeito. 

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