Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 19:13
Antes crítico à candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL) à presidência do Senado, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), fragilizado, mudou de postura e disse que todos os candidatos têm sintonia com a pauta do governo de seu pai, Jair Bolsonaro.>
Ele também procurou afastar a crise envolvendo movimentações financeiras atípicas e funcionários de seu gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) do governo de seu pai.>
"Não tem nada a ver com o governo. Por mais que vocês queiram, não tem nada a ver com o governo", declarou.>
Sobre as eleições ao comando do Senado, ele afirmou que espera que qualquer candidato seja alinhado com as pautas do governo.>
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"Qualquer candidato que chegue espero que seja alinhado com as pautas do governo, com a responsabilidade e pelo que eu saiba todos os nomes colocados estão nesta linha", disse, quando questionado se uma eventual vitória de Renan significaria uma derrota para o Palácio do Planalto.>
A bandeira branca do filho de Bolsonaro foi levantada um dia depois que Renan se declarou publicamente favorável à agenda econômica do governo.>
"O velho [Renan] era sobrevivente, mais estatizante. Este novo é mais liberal, está querendo fazer as reformas do Estado. Quero colaborar com este momento excepcional que o Brasil está vivendo e fazer as mudanças e reformas", disse o alagoano na terça-feira (29).>
Renan já havia acenado diretamente pra Flávio há duas semanas, quando, em entrevista à Folha de S.Paulo, disse que o senador eleito não deveria ser investigado pelo Senado.>
"Ele não pode ser investigado nem no Rio de Janeiro nem no Senado. A investigação no Senado só acontece em circunstâncias especialíssimas. Temos com relação a ele as melhores expectativas, de que é um moço que quer trabalhar, que quer fazer um bom mandato, que tem posições e defende-as. O que nós queremos é o melhor dele neste momento complexo da vida nacional. A expectativa que nós temos é a melhor possível", disse Renan em 18 de janeiro.>
Questionado sobre que leitura fazia deste aceno, Flávio minimizou o afago.>
"Não tem nada demais, é a opinião dele. Como qualquer senador, respeita qualquer senador", afirmou.>
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