Nos bastidores da posse do governador Renato Casagrande (PSB) na Assembleia Legislativa, as conversas para a disputa da Mesa Diretora estão a todo vapor. Na definição do deputado reeleito Marcos Mansur (PSDB), o jogo começa agora.
"Acho que estamos aos 35 minutos do segundo tempo. O jogo começa agora. Mês de janeiro é que a gente vai estar pontuando isso aí. Erick (Musso, PRB) é um bom nome, é um nome viável e a gente vai trabalhar nessa direção aí", disse Mansur.
O deputado também comentou o discurso de Casagrande na Assembleia.
"Foi um discurso bem político, um tanto temperado ainda daquilo que foi a tônica da política. De uma maneira geral, foi muito centrado, bem direcionado para o futuro, mostrando as linhas pontuais e principais do governo dele onde ele vai atacar, mostrando que no início ele vai estar com o freio de mão puxado, com a seriedade que o momento exige, conectado com o governo federal, aguardando de fato aquilo que vai acontecer de Brasília pra cá. Foi um discurso equilibrado", afirmou.
INTERIOR
Novato na Assembleia, Renzo Vasconcelos (PP) disse que espera que o interior ganhe mais destaque na nova gestão de Casagrande.
"O discurso vem aquém ao que a eleição mostrou das urnas. Discurso de juntar e pensar bem no social. Sem dúvida nenhuma, todo o contribuinte precisa de ver o que gasta com impostos, retornando mais rápido possível para cada um individualmente tanto na saúde, quanto na segurança quanto na educação. O governador Renato Casagrande já mostrou no pleito passado que é uma pessoa que olha para o interior, o Estado vive também, se não me engano são 11% ou 12% do PIB do Estado de produção rural, de rochas ornamentais, isso tudo vem do interior e que isso precisa voltar um pouco também. Gostei da fala do presidente da Assembleia, mostrando que a Casa tem que estar unida, em prol do desenvolvimento, em prol de ajudar o atual governador. Quem ganha isso é o cidadão", afirmou o futuro parlamentar.
Renzo, em princípio, descartou disputar a Mesa Diretora, mas admitiu a possibilidade dos novatos decidirem lançar um nome para a disputa.
"O presidente atual tem uma boa aceitação por todos, entre os novos e os velhos. É o cara aí que tem que ser seguido. As coisas vão andar de acordo com o governo. Ele tem que fazer o nome dele, os novatos também têm que fazer um nome. Eventualmente nós estaremos juntos. Fechamos questão de votarmos juntos e, se assim acharem melhor, não tem por que correr de nenhum desafio novo", afirmou.
ESPERANÇA
Já Alexandre Xambinho (Rede) disse que agora é o momento de arregaçar as mangas.
"(O discurso de Casagrande) foi alinhado com a esperança que o povo capixaba pretende dentro desse governo e o que as ruas pediram nas urnas na eleição que veio em 2018. Agora é arregaçar as mangas e mostrar a que veio", disse.
Sobre a eleição da Mesa, Xambinho disse que as conversas já estão acontecendo:
"Estamos conversando. Temos um grupo formado por novatos e um por reeleitos, e a nossa ideia é buscar um consenso para a construção de uma Mesa que agrade a população capixaba e o que as urnas pediram também, que é a renovação. Não discutimos nome, e sim posicionamentos. Vamos começar a conversar firmemente a partir do dia 3 de janeiro", declarou.
CRESCIMENTO
Também novato na Assembleia, o Coronel Quintino (PSL) disse que espera que o Estado retome a direção do crescimento:
"Gostei muito do discurso. É um discurso que tem por intenção buscar a retomada do crescimento. Nós tivemos um período em que o Estado pouco cresceu, com pouco investimento nos serviços públicos, pouco investimento no desenvolvimento econômico do Estado. De acordo com o discurso dele, a gente espera essa retomada e o diálogo com as instituições públicas do Estado", afirmou.
Sobre a eleição da Mesa, Quintino disse que as conversas estão ocorrendo.
"O presidente Erick Musso é um bom nome. Mas temos demais nomes que porventura irão aparecer. Não tenho planos de me candidatar. Nomes ainda serão discutidos", disse Quintino.
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