Publicado em 8 de agosto de 2019 às 12:30
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), sancionou, nesta quinta-feira (08), a lei que cria uma gratificação de R$ 1 mil para servidores dos gabinetes dos deputados estaduais.>
O texto, de autoria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e aprovado pela Casa, também reduz o valor da cota parlamentar em R$ 1,5 mil. Resolução do Legislativo já diminuiu a cifra de R$ 4,5 mil para R$ 3 mil mensais. A ideia é que isso represente uma economia capaz de compensar o pagamento da gratificação.>
No entanto, é algo que não necessariamente vai se dar na prática, já que atualmente os parlamentares já não gastam o valor integral da cota.>
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Apenas em maio, o gasto total, que poderia chegar a R$ 126 mil, foi de R$ 78,6 mil, ou seja, 62,4% do total. Além disso, neste mesmo mês 19 deputados gastaram menos de R$ 3 mil, valor do novo teto estipulado.>
Como cada deputado poderá contemplar um de seus funcionários de gabinete por mês, a despesa fixa com o pagamento do novo benefício pode chegar a R$ 30 mil mensais. São impedidos de receber a verba somente ocupantes dos cargos de supervisor geral, assessores externos e motorista. Essas regras foram definidas em resolução da própria Assembleia, que não depende de sanção do governador.>
A criação da gratificação foi um dos projetos com aprovação relâmpago no mês passado pouco antes do recesso parlamentar. Na ocasião, a Assembleia aprovou também a criação de 307 cargos comissionados para o Ministério Público Estadual (MPES), que também receberam a chancela de Casagrande. O governador vetou, no entanto, o pagamento de 13º de auxílio-alimentação aos servidores do MPES.>
ENTENDA>
Cada deputado poderá pagar R$ 1 mil por mês a um funcionário de gabinete que se destaque na função de "representação parlamentar".>
Valores>
Se todos os deputados quiserem pagar o benefício, o valor da despesa fixa mensal chegaria a R$ 30 mil. Em um ano, ela seria de R$ 360 mil.>
Desconto nas cotas>
A ideia não é criar uma nova despesa, mas sim retirar esse valor das cotas parlamentares, que passam de R$ 4,5 mil para R$ 3 mil para cada deputado. A Assembleia diz que isso renderia R$ 180 mil de economia.>
Cotas não são gastas integralmente>
Só que hoje as cotas já não são gastas em sua integralidade. Em maio, os 28 deputados que fazem uso da verba poderiam gastar até R$ 126 mil, mas usam R$ 78.688,73, sendo que 19 deles gastaram menos de R$ 3 mil.>
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