Publicado em 20 de junho de 2019 às 15:27
A Polícia Civil prendeu os dois irmãos suspeitos de matarem a fisioterapeuta Jéssica de Assis Marques, de 23 anos, em Ibatiba, no Sul do Estado, na última segunda-feira (17). Edimar das Neves Rodrigues, 27 anos, e Cleiton Martins Rodrigues, 18 anos, foram presos nesta quarta feira (19), em cumprimento de mandados de prisão preventiva obtidos pela Delegacia Regional de Ibatiba.>
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos estavam escondidos na zona rural de Martins Soares, em Minas Gerais. A prisão foi realizada pela Polícia Militar de Minas Gerais, que localizou os suspeitos em um posto de combustíveis da cidade. A Polícia Militar do Estado também deu apoio na operação, repassando as informações sobre os mandados.>
Os suspeitos já estavam sendo procurados. A Polícia Civil esteve em contato com o Estado vizinho, Minas Gerais, para fechar o cerco contra os irmãos acusados de assassinarem Jéssica de Assis Marques.>
O CRIME>
>
O delegado Cláudio Rodrigues informou que a vítima foi alvejada do lado esquerdo e um dos tiros acertou o coração. "Ela, ainda assim, não cedeu e seguiu com a moto e, possivelmente, perdeu o controle e caiu em uma matagal. Diante disso, os autores teriam desistido do crime", revela Cláudio Rodrigues.>
A moto e pertences foram encontrados com a vítima. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.>
Jéssica estava desaparecida desde a noite deste domingo (16). Segundo familiares, ela passou o domingo em Vitória e chegou de ônibus em Ibatiba por volta de 22h. Ligou para a mãe e falou que estava indo para casa onde mora, na localidade de Santa Maria de Cima, a oito quilômetros do centro de Ibatiba, aproximadamente.>
A moto estava na garagem de um tio no bairro Boa Esperança. Ela seguiu na BR 262, sentido Vitória, entrando na Serra da Sicupemba, mas não chegou em casa.>
Segundo informações de familiares, o corpo foi encontrado próximo da moto dela na comunidade de Santa Maria, bem perto da BR 262, na serra da Sicupemba. Os moradores da região onde o corpo dela foi encontrada disseram ter ouvido gritos e tiros à noite.>
A estrada era um trajeto comum para Jéssica, mas sempre foi considerado um local perigoso. O advogado e tio da vítima, Luiz Cândito, diz que a família está abalada e pede por Justiça. "Isso é um local bem crítico. Já aconteceram outros crimes aqui. Ontem, tiraram a vida de uma criança, uma recém formada, exercendo sua profissão. Confesso que estou passando mal com isso. Peço a polícia que busque a verdade e esclareça o crime, se foi de mando, se foi latrocínio. Vou buscar a verdade e vou ajudar a investigar", disse o tio da vítima. >

COMOÇÃO >
Jéssica era fisioterapeuta da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Ibatiba. O local não funcionou nesta segunda. O presidente da unidade José Maria Belo conta que era o primeiro emprego da jovem, que estava feliz com a oportunidade. "Ela se formou há pouco tempo e era o primeiro emprego dela. Estava desenvolvendo um trabalho muito bom. É uma perda lastimável. Essa menina era um ouro, uma pessoa muito alegre e esforçada", revela Belo.>
O presidente da Apae de Ibatiba também conta que funcionários começaram a mobilização para encontrar Jéssica quando a família entrou em contato com a polícia. Jéssica era fisioterapeuta desde janeiro de 2018.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta