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'Só dei um tapa', diz porteiro que matou morador de rua a socos

"Só dei um tapa", diz porteiro que matou morador de rua a socos

Na delegacia após o ataque de fúria, o agressor diz que vítima morreu de infarto e que está preocupado com emprego e esposa

Publicado em 19 de abril de 2019 às 16:32

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O porteiro Paulo Roberto Gratz, de 30 anos, que matou um morador de rua a socos e chutes em Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha. (TV Gazeta)

O porteiro Paulo Roberto Gratz, de 30 anos, matou a socos e chutes um morador de rua identificado apenas como "Águia" na Avenida Santa Leopoldina, em Coqueiral de Itaparica, bairro de Vila Velha, no início da madrugada desta sexta-feira (19). Na delegacia, aguardando sua transferência para o presídio, o autor do crime disse à reportagem da TV Gazeta que não teve a intenção de matar a vítima. 

Paulo Roberto se defendeu dizendo que deu “apenas um tapa” no morador em situação de rua e que a vítima morreu em decorrência de um infarto. “Eu não queria matar ninguém. Não agredi tanto, só dei um tapa nele. Ele infartou, não tive culpa. Fui atrás porque ele roubou meu celular”, justificou.

Também à reportagem, Paulo Roberto diz que está preocupado com o emprego e com a esposa, que não sabe do episódio de fúria.

O porteiro disse que teve o celular roubado pelo morador de rua. No entanto, esclareceu que esse suposto fato teria ocorrido há cerca de 15 dias, na praça do bairro em que aconteceu o crime. Na ocasião, a vítima teria aproveitado que o porteiro dormia embriagado, em um bar, para furtar o aparelho dele, como alegou Paulo Roberto. 

Morador de rua é morto a socos e chutes em Coqueiral de Itaparica, bairro de Vila Velha na madrugada desta sexta (19). (Internauta/WhatsApp Gazeta Online)

No entanto, o próprio porteiro confirmou, ainda no local do crime, após espancar a vítima, que teria conseguido recuperar o aparelho. 

(Com informações de Mayra Bandeira)

VÍDEOS REVELAM MOMENTO DA AGRESSÃO

Vídeos aos quais o Gazeta Online e a TV Gazeta tiveram acesso mostram o exato momento em que um morador de rua foi espancado e morto pelo porteiro. Ao todo, as agressões duraram mais de 30 minutos e o autor do crime ainda discutiu com pessoas que estavam no local e tentaram apartar o espancamento.

O registro mostra o porteiro chutando o morador de rua, que estava deitado em uma elevação da calçada que é envolta por um guarda-corpo. Uma segunda gravação revela Paulo Roberto discutindo com pessoas que estavam no local questionando o porquê de ele ter agido daquela forma.

"Não deu tempo de reação. Ele foi espancado e pisoteado", disse uma testemunha, que prefere não se identificar, em entrevista à

TV Gazeta

MORADOR DE RUA NÃO FOI IDENTIFICADO

O corpo do morador de rua continua no Departamento Médico Legal (DML), em Vitória. Ele não foi identificado e comerciantes da região em que ele estava apenas disseram que o conheciam como "Águia".

Durante o dia, o rapaz guardava carros, lavava alguns veículos e ficava sempre no mesmo local. No momento das agressões, o morador de rua estava no lugar que ele costumava dormir, em uma parte elevada da calçada, atrás de um guarda-corpo.

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"Águia" tem uma tatuagem de águia no braço direito e as inscrições "Zenaide mãe carinho eterno" em um dos ombros.

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