A Polícia Federal, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente e com o apoio de servidores do Ibama, deflagrou na manhã desta sexta-feira (15) a segunda etapa da Operação Thera. Os policiais cumprem quatro mandados de busca e apreensão, sendo três na Grande Vitória e um na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro.
O objetivo da ação, segundo a PF, é cumprir as ordens judiciais e obter mais elementos de prova para desmantelar associação criminosa dedicada a cometer crimes contra a fauna, principalmente reprimir a aquisição e venda de animais silvestres, em especial aracnídeos (aranhas), em condições inadequadas e provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização de órgão competente.
De acordo com as investigações em curso e o resultado da primeira fase, para realizarem os crimes, os suspeitos enviavam os animais indevidamente pelos serviços de SEDEX dos Correios, aos destinatários nacionais. Para conseguir identificar os envolvidos no Estado e também no Rio, a PF contou com a colaboração da Coordenação de Segurança dos Correios.
Os suspeitos poderão responder pela prática dos crimes de associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e crimes contra à fauna (art.29 e art. 32 da lei 9605/98).
O superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, Eugênio Ricas, explicou, em vídeo, como os criminosos despachavam os animais por meio do serviço postal para os compradores.
"Eles mandavam filhotes de aranhas (tarântulas) pelos dentro de pequenos tubos e utilizavam os Correios para dificultar a ação das polícias e autoridades", explicou Ricas.
O delegado da PF ainda detalhou que o tráfico de animais silvestres é uma ação criminosa altamente lucrativa e que também serve de mecanismo para lavagem de dinheiro proveniente do comércio de drogas e armas.
O nome se dá operação (Thera) se dá em razão da família das espécies de aranhas (tarântulas) majoritariamente comercializada pelo grupo criminoso, Theraphosidae.
Além de crime, o tráfico de animais silvestres é uma ameaça destrutiva para as espécies de animais e para a preservação da biodiversidade brasileira. A ação é considerada a terceira maior atividade ilícita do mundo.
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