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Pastora Juliana não pode sair de Linhares, diz Justiça

Pastora Juliana não pode sair de Linhares, diz Justiça

Mãe dos meninos Kauã e Joaquim assinou um termo de compromisso na tarde desta quinta-feira, no Fórum de Linhares. Entre as regras estabelecidas, ela não pode frequentar bares, consumir bebidas alcoólicas e não pode sair de casa após as 20 horas

Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 14:53

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Pastora Juliana Sales foi solta na última quarta-feira. (Umberto Lemos | InterTV)

Depois de conseguir na Justiça um novo alvará de soltura na noite de quarta-feira (30), a pastora Juliana Pereira Salles Alves saiu do Centro Prisional Feminino de Cariacica e seguiu direto para Linhares, região Norte do Estado. Na tarde desta quinta-feira (31), ela esteve no Fórum Desembargador Mendes Wanderley e assinou um Termo de Compromisso na 1ª Vara Criminal do município, que determina diversas regras que precisam ser seguidas. Entre elas, que a mãe dos meninos Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Salles Alves, de 3 anos, não pode sair da cidade.

O documento informa que Juliana compareceu na sala de audiências do Fórum e aceitou cumprir as condições estabelecidas no artigo 319 do Código de Processo Penal (que estabelece as medidas cautelares). A pastora precisa seguir oito condições.

A primeira regra é que a indiciada deve comparecer pessoalmente perante a autoridade competente todas as vezes que for intimada. O termo determina que ela não pode frequentar “bares, boates, prostíbulos e/ou lugares congêneres”. Outra condição é não fazer uso de bebida alcoólica e drogas. Além disso, a pastora deve se recolher no domicílio indicado à Justiça durante a noite, feriados e fins de semana, podendo sair às 6 horas e retornar às 20 horas para estudar ou trabalhar.

Há ainda a proibição para a pastora mudar de residência ou se ausentar de Linhares sem autorização prévia do juiz da causa. Juliana também deve manter seu endereço atualizado na Vara de origem, apresentando comprovante de residência no prazo de 48 horas (contado a partir da soltura). A última regra determinada é que ela não deve se aproximar de testemunhas que ainda não foram ouvidas e nem entrar em contato com de qualquer natureza com essas pessoas.

AUDIÊNCIAS

Estão previstas para este mês três audiências sobre o caso. A primeira acontece no próximo dia 5.

OMISSÃO

A pastora foi presa pela primeira vez em 19 de junho do ano passado, em Teófilo Otoni (MG), acusada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) de conduta omissiva nas mortes de seus filhos, que segundo a Polícia Civil foram estuprados, agredidos e queimados vivos pelo marido de Juliana, Georgeval Alves Gonçalves, conhecido como pastor George. Ele é pai de Joaquim e padrasto de Kauã, e está preso desde 28 de abril do ano passado no Centro de Detenção Provisária (CDP) de Viana II.

Quatro meses e meio após ser detida, em 8 de novembro, a mãe das vítimas conseguiu um mandado de soltura e seguiu novamente para Teófilo Otoni, cidade mineira onde moram os líderes da Igreja Batista Vida e Paz (IBVP). Junto com George, Juliana liderada o templo de Linhares. Alguns dias depois, em 14 de novembro, ela foi presa pela segunda vez na cidade mineira. Na última quarta-feira, ela conseguiu um novo mandado de soltura e está em Linhares, onde deve seguir todas as regras do Termo de Compromisso imposto pela Justiça.

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