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Publicado em 18 de maio de 2023 às 19:15
Em Povoação, distrito de Linhares, no Norte do Espírito Santo, os barcos são usados para pesca e também como transporte no Rio Doce das famílias ribeirinhas. Mas o aumento da violência na região prejudica a rotina dos trabalhadores e moradores da vila. Nos últimos três meses, 10 motores de barcos foram furtados.>
Com os furtos, os barcos ficam parados e os pescadores ficam sem ter como trabalhar. Uma das vítimas do crime que vem se tornando cada vez mais frequente no distrito é o pescador Walkimar Bispo, de 30 anos. Ele teve um prejuízo de cerca de R$ 12 mil. >
“Ninguém sabe para onde foi o bote. Ninguém sabe para onde foi o motor. Ninguém sabe nada. O pessoal rouba e continua roubando ainda. Fiz o boletim e a polícia até hoje nada”, conta o pescador para o repórter Tiago Félix da TV Gazeta Norte.>
O "Raimundão", barco do pescador Hélio Campi, está parado há três semanas desde que teve o motor furtado. Essa não é a primeira vez que o pescador foi vítima do crime, no ano passado outro motor dele já havia sido levado. “Continua sumindo o motor. Sumiu dois aqui do nosso amigo também aqui e eles não estão nem aí não. Chegam e pegam como se fossem o dono e vão embora”, relata.>
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Para evitar que o motor do barco fosse levado, o pescador Braz Leite usou uma corrente para prender a peça. Mas nem isso impediu a ação dos criminosos. O crime ocorreu no último domingo (14) e desde então ele está sem trabalhar. O pescador pede por mais segurança. >
“Dentro de povoação tinha que ter uma polícia 24 horas para amenizar a situação, porque se continuar desse jeito daqui a pouco nós teremos que levar até a bote para casa”, desabafa Braz.>
O crime acontece geralmente à noite quando a comunidade está dormindo. Só em uma única noite pelo menos quatro motores foram roubados. Todos os pescadores registraram um boletim de ocorrência na Polícia Civil, mas até o momento não tiveram resposta.>
Os casos são investigados. Para a TV Gazeta Norte, o delegado titular da Delegacia Regional de Linhares, Fabrício Lucindo, informou que não só os suspeitos dos furtos, mas também quem estiver comprando os motores vão responder pelo crime de receptação. >
Sem as peças os pescadores ficam sem ter como levar renda para casa. “Como é que eu vou trabalhar? Remando? Do jeito que o vento está ou com a circunstância da correnteza não tem como trabalhar. Infelizmente preciso deixar meu bote parado, porque eu não tenho recurso para comprar um motor novo”, relata o pescador Walkimar.>
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