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Lei que obriga cadastro de quem compra fogos no ES é sancionada

Lei que obriga cadastro de quem compra fogos no ES é sancionada

Imediatamente após a venda de fogos de artifício, as empresas devem encaminhar para as Polícias Civil e Militar o número do CPF, da carteira de identidade e o endereço, com respectivo comprovante, de cada cliente

Publicado em 15 de julho de 2020 às 09:36

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Os fogos de artifício são utilizados pelo tráfico de drogas para avisar sobre ações das polícias
Os fogos de artifício são utilizados pelo tráfico de drogas para avisar sobre ações das polícias . (Reprodução/TV Gazeta)
Lei que obriga cadastro de quem compra fogos no ES é sancionada

governador Renato Casagrande (PSB) sancionou a lei que obriga os estabelecimentos que comercializam fogos de artifício ou explosivos no Espírito Santo a identificarem os dados dos clientes para mantê-los em cadastro que pode ser usado pelas polícias Civil Militar. A lei foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (15).

Imediatamente após a venda desses produtos, as empresas devem encaminhar para as Polícias Civil e Militar o número do CPF, da carteira de identidade e o endereço, com respectivo comprovante, de cada cliente. A lei entra em vigor nesta quarta-feira (15) e estabelece uma multa de até R$ 3,5 mil em caso de descumprimento.

A medida foi defendida pelo secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho. A compra e venda desses produtos não é ilegal, mas os fogos de artifícios são usados pelos criminosos para avisar quando os policiais iniciam uma operação nas comunidades, o que pode dificultar o trabalho de combate ao tráfico de drogas.

"Ainda vamos ter que operacionalizar isso através de um decreto, definir como será a sistematização, mas esses dados podem ajudar a Polícia Civil em um trabalho de investigação", comentou o secretário em entrevista à TV Gazeta.

O fogueteiro é uma das ocupações no mundo do tráfico de drogas e tem como função alertar os envolvidos com a venda de entorpecentes sobre ações das polícias. Diariamente, bairros de Vitória convivem com os estouros a qualquer hora do dia ou da madrugada. "Lamentável que tenhamos jovens nessa escalada criminal, pagos pelos traficantes, para que funcionem como fogueteiros. O traficante é tão perverso que quando o fogueteiro não cumpre sua função ele paga até mesmo com a própria vida", alertou Ramalho.

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